Diante do descaso dos gestores da Secretaria
Municipal de Saúde (SMS), os médicos reguladores e intervencionistas do Samu
decidiram denunciar publicamente as precárias condições de trabalho,
instalações e remuneração. Nesse sentido, farão uma manifestação em frente à
Prefeitura, na Praça Municipal, na próxima terça-feira, 21 de maio, quando o
atendimento ficará reduzido ao nível mínimo, durante as seis primeiras horas do
dia.
A greve dos médicos do Samu foi mantida na assembléia de quinta-feira (16),
quando a categoria voltou a avaliar as propostas da SMS, concluindo que não há
seriedade na forma com que a gestão municipal vem tratando os problemas do
Samu, nem a necessária valorização do trabalho médico prestado à população.
Desde o dia 14 de maio, os médicos reguladores e intervencionistas do Samu
estão em greve por tempo indeterminado.
Propostas em pauta
Os profissionais propuseram ao governo a implantação da isonomia salarial entre
todos os vínculos médicos (estatutários, CLT, PJ, REDA e TAC). E para melhorar
o salário dos estatutários – que recebem hoje pouco mais de R$1.800 -, a
proposta foi majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o vencimento básico.
Porém o secretário só ofereceu aumento de gratificação aos estatutários, REDAs
e TACs, deixando de fora os médicos cujos vínculos são CLT e PJ.
A proposta alternativa apresentada pela SMS foi majorar a gratificação de 50%
para 200% sobre o salário base, porém passando a jornada de trabalho de 24
horas para 40 horas semanais, o que não significa melhoria salarial, mas, ao
contrário, aumento da sobrecarga de trabalho. Naturalmente, foi recusada pelos
médicos.
A categoria reivindica ainda soluções para as precárias condições de trabalho,
os salários defasados e a insuficiência do número de profissionais no
atendimento à população.