O médico Nélio Azevedo,
inscrito no Programa Mais Médicos e escalado para trabalhar no município de
Casa Nova, no interior do estado está sendo impedido de assumir o cargo. Nélio
deveria ter iniciado as atividades desde dia 2 de setembro, porém, segundo ele,
está sendo impedido pelo prefeito do município, Wilson Cota (PMDB) que não
permite que o secretário de Saúde, Mozart Sales assine o Termo de Adesão e
Compromisso que efetiva a sua participação no programa.
A denúncia foi
encaminhada ao Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindmed) desde o dia 1º. Para
que o médico comece a trabalhar é necessário que o Termo assinado seja entregue
ao Ministério da Saúde. O ministério e a coordenação do Programa Mais Médicos
já foram informados sobre o problema, mas o médico ainda não recebeu resposta
sobre a questão. Nélio, que reside em Casa Nova, acredita que está sendo vítima
de perseguição política. "Está claro que é perseguição política, porque não
acompanhei ele na eleição passada. Ele só quer trabalhando os apadrinhados
dele”, afirma.
O presidente do
Sindimed, Francisco Magalhães encaminhou um ofício ao Ministério Público
Estadual, Ministério Público Federal e para a Procuradoria Geral da República
solicitando providências. A assessoria jurídica do sindicato está à disposição
do médico para garantir o direito do exercício da profissão.
De acordo com
Nélio, a assessoria do Ministério da Saúde entrou em contato com ele garantindo
que a situação deve se resolver até a próxima segunda. Ele ainda diz que a
prefeitura alega o vínculo dele com o estado.
No entanto, o
programa não impede médicos brasileiros de atuar em outros lugares, desde que
cumpram a carga horária de 40 horas semanais estabelecida pelo programa. Os
médicos estrangeiros estão impedidos de ter outro vínculo empregatício por não
possuírem diploma validado em todo território nacional. Fonte: Correio |