É
comum ouvir pais se gabando de que os filhos estão em séries adiantadas
nas escolas. No entanto, especialistas afirmam que a precocidade de
crianças nos estudos não é tão importante assim para a estruturação
pedagógica nem psíquica delas. Pensando em ajustar essa realidade, o
Conselho Nacional de Educação (CNE) criou uma resolução que estabelece
novas regras para a matrícula de crianças, tanto em escolas públicas
como particulares. Para ingressar no ensino fundamental (do 1º ao 9º
ano), o aluno deve ter 6 anos, ou completá-los até 31 de março do ano
da matrícula. As crianças que completarem 6 anos após essa data terão
de ser matriculadas na educação infantil (antiga pré-escola). No
entanto, a resolução do CNE abre uma exceção, visando ajustar-se à
realidade e dar tempo para convencer os pais da importância dessas
novas regras: a criança, mesmo com 5 anos, que tiver estudado dois anos
da educação infantil poderá entrar o 1º ano do ensino fundamental sem
ter completado 6 anos. Sugestão - Segundo divulgou o Ministério da
Educação (MEC), a nova faixa etária para ingresso no ensino fundamental
é uma "sugestão” e não precisa ser adotada obrigatoriamente. As escolas
têm autonomia para seguir ou não a mudança. Mas o MEC alerta que já é
obrigatório por lei que crianças estejam nas escolas a partir dos 4
anos. A resolução tem deixado muitos pais confusos e indignados com
a possibilidade de os filhos repetirem a mesma série por ainda não
terem a idade recomendada. É o caso de Analu Pereira. A filha dela,
Maria Eduarda, de 7 anos, hoje no 1º ano do ensino fundamental, estudou
dois anos a mesma série no ensino infantil porque ainda não havia
completado 6 anos. "A professora dela disse que foi bom, pois ela
chegou ao ensino fundamental mais madura. Eu não fiquei feliz com essa
história, até porque os professores já diziam que ela tinha condições
de ingressar no 1º ano mais nova”, comenta a mãe. |