Os médicos brasileiros
participantes da segunda etapa do programa Mais Médicos começam a se apresentar
nesta terça-feira (1º) nos municípios em que trabalharão. Ao todo, 416
profissionais atuarão em unidades básicas de saúde em 228 municípios e nove
distritos de saúde indígena. Para receber a bolsa mensal de R$ 10 mil, custeada
pelo Ministério da Saúde, os gestores locais devem confirmar o início do
trabalho desses profissionais até o dia 14. Quem não estiver trabalhando até
lá, será excluído do programa.
Confira a
lista dos médicos brasileiros selecionado na 2ª etapa do Mais
Médicos.
"Esses médicos
brasileiros que começam hoje a chegar aos municípios mais carentes por
atendimento são essenciais para a população brasileira. Eles vão atuar na
atenção básica, onde 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos”, afirma o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Para confirmar o início
do trabalho no programa, os médicos têm de apresentar seus documentos pessoais,
além do diploma, registro profissional (CRM) válido no Brasil e termo de adesão
assinado. Os médicos tiveram algum impedimento e não se apresentaram nesta
segunda-feira terão que enviar justificativa ao gestor e negociar com eles a
compensação dos dias não trabalhados.
Os profissionais
atuarão, por três anos, nas unidades básicas de saúde em cidades do interior e
nas periferias de grandes cidades. É responsabilidade do município o custeio da
moradia e da alimentação dos médicos do programa ao longo dos três anos de
atuação.
BALANÇO – Entre
os 416 profissionais com diplomas do Brasil, 245 vão para municípios do
interior e regiões de alta vulnerabilidade social, 159 seguirão para as
periferias de capitais e regiões metropolitanas e 12 atuarão em distritos
indígenas. A região Nordeste receberá o maio número de médicos, 168
profissionais, seguida do Sudeste (93), Centro-Oeste (68), Sul (44) e Norte
(43). Apesar da predominância nordestina, a dianteira entre os estados ficou em
Goiás (49), acompanhado de Ceará (45), Bahia (36), Minas Gerais (35) e
Pernambuco (33).
O desempenho da segunda
etapa entre os brasileiros cobre apenas 2,4% da demanda por médicos apresentada
pelos 4.025 municípios e os 35 distritos indígenas participantes, que apontaram
a necessidade de terem 16.625 médicos atuando na Atenção Básica.
A segunda seleção foi
aberta em 19 de agosto para adesão de novos municípios e médicos brasileiros e
estrangeiros, que puderam se cadastrar até o dia 30 de agosto. Como definido
desde o lançamento do programa, os brasileiros tiveram prioridade no
preenchimento dos postos apontados.
ESTRANGEIROS – Nesta
semana também chegam ao país os 149 profissionais com diploma do exterior, que
se inscreveram na chamada individual da segunda seleção do Programa Mais
Médicos, e dois mil médicos cubanos que atuarão por meio de acordo entre o
Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Todos os profissionais
com diploma estrangeiro participarão do módulo de avaliação de 7 a 25 de
outubro, em quatro capitais do país: Vitória (ES), Belo Horizonte (MG),
Brasília (DF) e Fortaleza (CE). Com carga horária de 120 horas, a avaliação
abordará aspectos do Sistema Único de Saúde (SUS), doenças prevalentes no
Brasil, conhecimentos linguísticos e de comunicação, além de visitas técnicas
aos serviços de saúde. Após o período de acolhimento, os profissionais passarão
por uma avaliação e, somente após aprovação, estarão aptos a atuar nos
municípios.
Conforme previsto na MP
que criou o programa, os estrangeiros selecionados para atuar no Mais Médicos
trabalharão no Brasil por três anos. Neste período, terão registro profissional
provisório, que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na Atenção Básica e
apenas nas cidades a que forem designados pelo Ministério da Saúde, com
acompanhamento de tutores e supervisores.
PROGRAMA – Lançado
pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos
faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com
objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e
unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país.
O Governo Federal está
investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública
de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados
para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h)
e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção,
reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para
14 hospitais universitários.
Fonte:Aratu Online |