A
mãe do adolescente de 17 anos suspeito da morte de um
capitão da Polícia Militar, na tarde de segunda-feira (20), reconheceu o
filho por meio de imagens captadas pelas câmeras de um restaurante localizado
em frente ao lava a jato onde ocorreu o crime.
Policiais
do Departamento de Homicídios e Proteção (DHPP) chegaram até a mãe do
adolescente através de uma mochila deixada no lava a jato localizado na
Baixinha do Santo Antônio, no bairro do Cabula. A mochila continha um caderno
com nome de diversas pessoais.
A
mulher contou em depoimento que o filho é envolvido com tráfico de drogas e
roubos. Ela afirmou ainda que o adolescente é comparsa de traficantes do Morro
do Águia, em São Gonçalo do Retiro, onde a família mora. Um dos comparsas seria
filho do traficante Raimundo Alves de Souza, mais conhecido como Ravengar.
O
capitão Anativo Manoel da Conceição Neto, 33 anos, foi abordado por um homem
armado por volta das 17h30 de segunda (20). Morador do bairro de Canabrava, o
capitão era ex-marido da cantora de arrocha Nara Costa, além de ser subcomandante
da 2ª Companhia Independente da PM (Barbalho).
De acordo com o
delegado Antônio Cláudio Oliveira, do DHPP, o suspeito tentou roubar o carro do
policial, um veículo Renault Sandero (placa NTZ-8692). "Anativo estava sentado
em uma cadeira, quando apareceu um indivíduo que aparentava ter 17 anos e
usava a farda de um colégio estadual”, contou o delegado.
Em
seguida, o assaltante apontou um revólver calibre 38 para o capitão. "Ele deu
voz de assalto, dizendo ‘perdeu o carro’. O capitão reagiu e tentou segurar a
arma do meliante, mas acabou atingido por um tiro na cabeça”, completou o
delegado.
Segundo
a assessoria de comunicação da Polícia Civil, a mãe do adolescente contou que a
farda que ele estava usando não era dele e sim de uma irmã. O suspeito está
sendo procurado pela políicia.
Anativo
não resistiu aos ferimentos e morreu no local, antes de ser socorrido. Segundo
Oliveira, o suspeito fugiu andando sem levar nada, deixando a arma do crime no
local. O capitão estava de folga, mas estava com a arma ponto 40, da PM, na
cintura.
Anativo
integrava os quadros da PM há 14 anos, além de ser filho de um policial civil
da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), ainda segundo o delegado.
Um companheiro de corporação contou que o capitão não tinha um temperamento
forte. "Ele gostava de fazer diligências, trabalhar na rua, mas era uma pessoa
calma. A vida toda dele foi na PM. Só estava no lugar errado, na hora errada”,
disse o policial, que não quis se identificar.
Ao
CORREIO, a irmã de Nara Costa, Alexmeire Silva, afirmou que a cantora ficou
abalada com a notícia. "Eles ficaram juntos por mais de cinco anos. Estavam
separados há, no máximo, três meses”. Fonte: Correio |