A Justiça de Minas Gerais concedeu na tarde desta
terça-feira (29) a liberdade condicional para o goleiro Bruno Fernandes -
o julgamento se refere ao processo de cárcere privado e lesão corporal
de Eliza Samúdio. Por estes crimes, ele já foi condenado pela Justiça do
Rio de Janeiro a 4 anos e seis meses de prisão. Para sair da prisão, no
entanto, o jogador precisa ter seu pedido de habeas corpus julgado pelo
Supremo Tribunal Federal (STF) - este, relacionado ao desaparecimento e
morte de Eliza. As informações são do G1.
O pedido de liberdade condicional foi aceito pelo
juiz Wagner Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais de Contagem, Minas
Gerais. O goleiro está preso na cidade, na Penitenciária Nelson
Hungria. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, Bruno já tinha
direito à liberdade condicional no caso em que já foi condenado desde
janeiro deste ano, por conta do tempo de pena cumprido. Até o momento,
no entanto, o pedido ainda não havia sido feito pela defesa.
Bruno se entreou à polícia do Rio de Janeiro em
julho de 2010 e no mesmo mês foi transferido para Minas Gerais. Deste
então, Bruno cumpre prisão provisória por conta do processo em que foi
denunciado pelo desaparecimento e morte de Eliza Samúdio.
Segundo o advogado Francisco Simim, que defende o
goleiro, Bruno vai continuar preso por conta do mandado de prisão
preventiva expedido pela Justiça mineira, independente da decisão sobre a
liberdade condicional.
Caso Eliza Samudio O goleiro Bruno
Fernandes e mais sete réus vão a júri popular no processo sobre o
desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a
polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de
Belo Horizonte , e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza
deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o
pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato
Grosso do Sul.
O goleiro, o amigo Luiz Henrique Romão – conhecido
como Macarrão –, e o primo Sérgio Rosa Sales vão a júri popular por
sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e
ocultação de cadáver. Sérgio responde ao processo em liberdade. O
ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também está preso e vai
responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e
ocultação de cadáver.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson
Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em
Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de
Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador,
responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles
foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade.
Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio. |