A minirreforma administrativa a ser promovida pelo governador Rui Costa nos próximos dois meses está sendo discutida de forma embrionária. As saídas de Jorge Portugal (Cultura), Josias Gomes (Relações Institucionais) e o deslocamento de Carlos Martins (Desenvolvimento Urbano) para a Casa Civil no lugar de Bruno Dauster são as mudanças comentadas nos corredores do Palácio de Ondina.
Na Cultura há um entendimento de que Portugal é um entusiasta competente na elaboração artística, mas tem tido pouca eficácia na função de secretário. Portanto, uma eventual saída se deve mais à necessidade de impulsionar projetos que entreveros ou disputa por espaço. Portugal tem conversado com o coordenador do Conselho de Desenvolvimento Econômico, ex-governador Jaques Wagner, para saber se fica ou sai.
Não há, no entanto, nomes ventilados para substituir o “professor aprovado”.
A entrada de Wagner tirou o foco de Josias Gomes, mas as especulações em torno da saída do deputado federal licenciado continuam grande. O clima beligerante do pós-eleição, entretanto, arrefeceu. A mudança na Serin deve ser feita no sentido de oxigenar a relação com parlamentares estaduais e federais, além de prefeitos.
Cícero Monteiro, chefe de Gabinete do governo Rui Costa, é o nome mais cotado para assumir.
Surpresa
Nesta lista preliminar o surgimento do nome de Bruno Dauster é a surpresa maior. Até então, o ex-diretor da OAS, era tido como “intocável” na gestão estadual. Nos corredores da governadoria circula a informação de que a “mexida” seria feita após Dauster ter engatilhado projetos estruturantes grades e formulados parcerias público-privado.
Encerrados esses processos, Carlos Martins, aliado de Rui e Wagner há pelo menos três décadas teria um papel de destaque na gestão indo para a Casa Civil. A trinca estaria mais próxima para planejar e executar os projetos com o objetivo de vencer a eleição de 2018. Já Dauster não deixaria o governo, porém, o espaço destinado a ele não chegou a este site.
O retorno de James Correia para administração estadual também voltou a ser cogitado. De acordo com interlocutores do Palácio de Ondina, o ex-secretário da Indústria e Comércio deve voltar a gestão no próximo ano.
Publicada originalmente dia 5