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10:07 AM
JAQUES WAGNER DIZ QUE A PETROBRAS ESTÁ CRIANDO PROBLEMAS PARA OBRAS NO IMBUÍ
Wagner afirmou que terá uma reunião com o
presidente do Tribunal de Justiça, Mário Alberto Simões Hirs, para tratar do
assunto.
Em meio a assuntos polêmicos, o governador
Jaques Wagner deixou de lado nessa quarta-feira (8/5) o seu conhecido estilo
pacífico e não poupou nem mesmo a Petrobras. Sem esconder a insatisfação com o
novo o impasse, agora com a estatal que se nega a retirar seus postos de
combustíveis do canteiro de obras da Avenida Paralela, decisão que pode adiar
ainda mais a inauguração do metrô, cuja população já espera há nada menos que
13 anos, o governador classificou a postura da empresa "amiga” como
"intransigente”.
Em entrevista à rádio Tudo FM, o chefe do
Executivo estadual afirmou que terá uma reunião com o presidente do Tribunal de
Justiça, Mário Alberto Simões Hirs, para tratar do assunto. Segundo ele,
levando em conta que a concessão venceu em setembro do ano passado, o governo
tem buscado o entendimento com a Petrobras a fim de retirar os postos de
gasolina, para que no local seja implantada a linha 2 do metrô, que ligará
Lauro de Freitas à Avenida Bonocô. No posto 1, conforme ele, também será
instalado o canteiro de obras para construção do Complexo Viário do Imbuí, com
a implantação de viadutos para melhorar o fluxo de veículos na via.
Contudo, a Petrobras, segundo Wagner, vem
se mantendo intransigente quanto à saída dos postos da área. "A Petrobras é uma
empresa amiga, temos a melhor relação com a direção da Petrobras. É uma empresa
poderosa, mas não é maior que o Estado, não é maior do que o interesse público.
A Petrobras está criando problemas”, afirmou Wagner, complementando: "Eu não
vou prejudicar a população para garantir um posto de gasolina da Petrobras. A
empresa já está contratada, já quer montar o canteiro de obra, e vai ser
montado ali no Posto 1. Eu já dialoguei, Rui Costa já dialogou, são vias novas
que vão aparecer então à gente pode fazer a concessão, a licitação para ver
onde instalar [os postos]”.
Por fim, o governador ressaltou que a
questão acabou na Justiça contra a sua vontade. "O canteiro central da Paralela
é nosso, é do poder público. Os postos estão ali por concessão. E os contratos
já estão vencidos, não foram renovados exatamente porque vai passar o metrô e,
a menos que se ache uma solução de convivência, não tem como ter um atual posto
na Paralela. Eu não vou prejudicar a população para garantir o posto de
gasolina da Petrobras. Podia ser de qualquer um”, enfatizou.
Wagner citou o exemplo da Via Expressa, que
ligará a BR-324 ao Porto de Salvador, onde foram realizadas 650 desapropriações
de imóveis, a maior parte dela por meio de diálogo e entendimento com os
proprietários, resultando em uma obra que será inaugurada em agosto e com
reflexos positivos já visíveis no trânsito da capital. "É de direito do poder
público desapropriar qualquer área para interesse maior”, concluiu.
Ele frisou ainda que o Memorial ao Deputado
Luis Eduardo Magalhães, que fica no mesmo percurso dos postos, também será
removido e transferido para outro local ainda não definido, explicou. "O
monumento, assim como os postos, terá que ser deslocado, evidentemente que tem
que fazer uma adequação para não afrontar ninguém e também para não afrontar o
interesse público”.
Quando o assunto foi a sucessão estadual,
onde o grande número de possíveis candidatos na sua base de sustentação tem
aguçado os ânimos, Wagner reforçou não concordar com a antecipação do debate e
que somente em novembro ou dezembro o martelo será batido. Mas, fez questão de
afirmar que se trata de um privilégio não apenas do PT, como do PSB, PSD e PDT
– todos da base –, o honrar com tantos bons nomes para a sua sucessão.
Na sua lista estão: os secretários Rui Costa e José Carlos Gabrielli, bem como
Luiz Caetano e o senador Walter Pinheiro, ambos do PT; o vice-governador Otto
Alencar (PSD), a senadora Lídice da Mata (PSB) e Marcelo Nilo (PDT).