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6:09 PM
JACOBINA: MÉDICOS DO HMATS ERRAM DATA DE PARTO E BEBÊ MORRE NO VENTRE DA MÃE, AFIRMA FAMÍLIA, VEJA ENTREVISTA COM O PAI
Durante a madrugada desta sexta familiares de uma jovem gestante
acionaram a redação do BA para fazer uma denúncia. Segundo eles, um erro
médico provocou a morte do bebê da jovem Mariclea Araújo de Oliveira
Santos, de 29 anos, após uma peregrinação de cerca de 15 dias ao
Hospital Municipal Antônio Teixeira Sobrinho. O esposo da gestante,
Sandro de Oliveira Santos, disse que a esposa fez o pré natal seguindo
todas as orientações no Posto de Saúde do distrito de Novo Paraíso, onde
residem, e que o médico teria dado a previsão que a criança iria nascer
no dia 14 deste mês, uma quarta-feira, no entanto, segundo o pai da
criança, quando ela esteve no Hospital Antônio Teixeira Sobrinho
sentindo dores na terça-feira, 13, o médico de plantão disse que o
doutor que fez o seu pré natal estava louco, que a data prevista para o
nascimento estava errada, e após o atendimento a mandou de volta para
casa. Entretanto, segundo familiares a gestante continuou sentindo dores
e começou a apresentar sangramento.
A partir daí, segundo os familiares, ela voltou ao hospital por cinco
vezes, e em todas elas a jovem foi medicada e mandada de volta para
casa, sempre na alegação de que ainda não estava na hora do parto, até
que na última, na manhã da segunda-feira, 19, a jovem retornou ao
hospital e após ser atendida, o médico disse que a data correta do
parto seria sexta-feira, 23, mas o pai disse que na noite da quarta sua
esposa relatou que não sentia mais a criança mexer e que a barrida
estava fria. A família então a trouxe de volta ao Hospital Teixeira e
após um ultrassom o médico que a atendeu desta feita diagnosticou a
morte do feto na barriga da mãe.
A família está revoltada e acusa o hospital pela morte da criança. " Foi
erro médico, passamos quase 15 dias indo e voltando do Paraíso e eles
foram incapazes de fazer o diagnóstico correto, meu filho morreu por
negligência" afirmou Sandro indignado.
Outra reclamação da família foi a demora em fazer o diagnóstico da morte
do feto. Segundo o pai de Maricléa, ela chegou no HMATS antes do meio
dia da quinta, e o ultrassom que confirmou a morte do feto só foi
realizado quase as 21 horas da noite, além do que o médico disse que a
retirada do feto só será realizada nesta sexta em hora ainda a ser
definida.
" Ela passou praticamente o dia na angústia de saber se meu filho estava
vivo ou morto, e só vieram a fazer o ultrassom quase dez horas depois, e
ela ainda tem que esperar a madrugada toda dopada pra ver que horas
eles vão querer tirar o filho morto dela. Isso é falta de humanidade,
além do que estão colocando a vida dela em risco, afirmou o pai da
gestante".
A falta de contato do médico com os familiares também foi alvo de
críticas da família, que disse que durante todo o processo de
atendimento médico desta quinta e até o diagnóstico da morte do feto, o
médico, a qual identificou como Dr Ricardo, sequer se dignou a falar com
os familiares para dar a notícia. " Ele não se dignou nem a me dar a
notícia como pai, nem a ninguém da família, eles teriam que nos tratar
de forma mais digna, disse o pai da criança emocionado". A família disse ainda que quer justiça e o motivo maior desta denúncia é
para que outros casos como este não voltem a acontecer.
O site Bahia Acontece está aberto à direção do Hospital Antônio Teixeira
Sobrinho para esclarecimentos sobre o caso, franqueando espaço para o
contraditório.