A Polícia Civil de Jacobina, através do delegado
coordenador Élvio Brandão e do delegado titular Cleriston Jambeiro,
concluiu que o piloto Erinaldo Matias de Carvalho, 46 anos, conhecido
como Pernambuco, morreu durante um "racha” na BA-131. O acidente
ocorreu no dia 20 de novembro no município de Miguel Calmon, a 360 km de
Salvador. Pernambuco se preparava para disputar a sétima etapa do
Campeonato Baiano de Velocidade na Terra. O inquérito indica que, antes
da prova, Pernambuco e o piloto Matheus Lima Macedo, conhecido como
Jegão, disputavam um "pega ou racha” na BA-131 quando avistaram um
transitava na direção oposta.
Para evitar uma colisão com o
veículo, o VW Gol dirigido por Pernambuco colidiu lateralmente com o VW
Voyage de Jegão. O Gol saiu da pista e capotou em uma ribanceira.
Pernambuco chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Antonio
Teixeira Sobrinho, em Jacobina, mas não resistiu e morreu minutos
depois.
Por conta do acidente, o evento, que marcaria a
inauguração do Circuito Calmonense de Velocidade na Terra, construído no
limite com o município de Jacobina, foi suspenso.
Mudança no local do acidente
Na
ocasião, Selma Morais, presidente da Federação de Automobilismo da
Bahia (FAB), negou que o piloto tivesse participado de um racha. "Houve o
acidente só com Pernambuco. A competição nem tinha começado ainda.
Depois que a carreta com todos os carros chegaram, ele pegou o carro
dele e foi para o asfalto. Ele perdeu o controle da direção, não se sabe
ainda se por alguma falha na pista ou problema no carro, capotou e caiu
em uma ribanceira”, disse a presidente na ocasião.
Porém,
segundo o delegado Élvio Brandão, a FAB removeu o carro de Pernambuco do
local do acidente antes da chegada do Departamento de Polícia Técnica
(DPT). "A Federação ia levar o carro de Pernambuco embora. A PRE que
chegou na hora e pegou o carro. Não iam avisar à delegacia nem nada. E
isso acabou prejudicando a perícia”, diz o delegado.
Indiciados
Na
conclusão do inquérito, o piloto Jegão foi indiciado por homicídio
culposo (quando não há intenção de matar). Já Aureliano Campos Gomes,
conhecido por "Lelo Bala”, presidente do Clube de Automobilismo da Bahia
(CAB), e Charles Sampaio Barreto, piloto que iria participar do evento
automobilístico, foram indiciados por induzir a erro os trabalhos
policiais, alterando o local do acidente.
Fonte: Voz da Bahia