A inflação da população de renda mais baixa
caiu em julho, na comparação com junho, puxada por transporte, alimentação e
vestuário mais baratos, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
A fundação informou, nesta sexta-feira (09), que o
Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) teve queda de 0,29% no mês
passado, ante alta de 0,33% em junho. No mesmo período em 2012, o indicador
subiu 0,27%.
O índice mede a inflação para famílias com renda de
até 2,5 salários mínimos (R$ 1.695) por mês e, com o resultado do mês passado,
acumulou alta de 2,74% no ano e de 5,84% em 12 meses.
Em julho, a inflação das famílias de menor renda
ficou abaixo da média, mas no acumulado em 12 meses ainda segue mais alta. Isso
porque os preços medidos pelo IPC-BR (das famílias com renda de até 33
salários) caíram 0,17% no período e acumulam alta de 5,80% em 12 meses.
Seis das oito classes de despesa registraram taxas
mais baixas no mês passado, com destaque para transportes, que passou de alta
de 0,88% para queda de 1,54%; alimentação, de queda de 0,22% para baixa de
0,54%; e vestuário, de alta de 0,51% para queda de 1,04%. Nesses grupos, os
destaques partiram dos itens: tarifa de ônibus urbano (1,53% para menos 2,38%),
hortaliças e legumes (de variação negativa de 6,60% para menos 12,35%) e roupas
(0,75% para recuo de 1,29%).
Outros três grupos também ajudaram a reduzir a
inflação das famílias de menor renda: habitação (de 0,67% para 0,29%), saúde e
cuidados pessoais (de 0,29% para 0,26%) e comunicação (de 0,29% para 0,05%).
Nesses, os destaques foram tarifa de eletricidade residencial (0,83% para menos
0,37%), medicamentos em geral (0,22% para 0,09%) e tarifa de telefone móvel
(0,89% para 0,44%), respectivamente.
Despesas diversas (0,29% para 0,44%) e educação,
Leitura e recreação (0,31% para 0,48%) subiram puxadas por itens como alimentos
para animais domésticos (0,02% para 1,69%) e hotel (recuo de 0,58% para alta de
2,73%), nesta ordem. |