Os cinco homens são acusados de assassinato, estupro e conspiração criminal por atacar a jovem em um ônibus, em Nova Délhi, deixando-a com ferimentos graves que resultaram em sua morte, semanas depois, em um hospital em Cingapura. O tribunal vai examinar as acusações no próximo sábado, de acordo com o magistrado Surya Malik Grover. Do lado de fora do tribunal, advogados protestaram com roupas pretas. O pai da vítima exigiu que os responsáveis sejam enforcados e pediu que uma nova legislação para crimes sexuais seja nomeada em homenagem a sua filha. Seus agressores podem enfrentar a pena de morte, que na Índia é executada com forca, embora o país não costume aplicar este tipo de sentença. - O país inteiro está pedindo que estes monstros sejam enforcados. Eu estou com eles - afirmou o pai a repórteres em sua casa, no vilarejo de Mandwara Kalan, no estado de Uttar Pradesh. Na quarta-feira, os 11 advogados que compõem o conselho executivo da Associação Saket Bar afirmaram que não irão representar os acusados. O caso deverá ser julgado de acordo com uma nova legislação, criada em resposta ao crime. Mas, se a medida tem amplo apoio da população, muitos advogados se preocupam com o fato de que a lei escrita às pressas poderia ser inconstitucional, e se opõem à introdução da pena de morte para casos de estupro. - Um julgamento rápido não deve acontecer às custas de um julgamento justo - disse o Chefe de Justiça Altamas Kabir, na quarta-feira. A jovem e o namorado, um engenheiro de computação de 28 anos, voltavam do cinema em um ônibus, onde seis homens, incluindo o motorista, a estupraram e a agrediram sexualmente com uma barra de ferro para depois jogá-la para fora do veículo. O engenheiro também sofreu graves ferimentos depois de ter sido atacado e atirado na estrada. Depois de ser tratada em um hospital de Nova Délhi, a estudante foi transferida ao hospital Mount Elizabeth, em Cingapura, onde os médicos não conseguiram impedir sua morte, no início do último sábado. O corpo da vítima, de família pobre, foi cremado no domingo em Nova Délhi, segundo o ritual hindu. |