Nesta sexta-feira (12), comemora-se o dia da criança e
também é celebrado o dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil.
Esta data é reconhecida nacionalmente, sendo feriado nacional
e festejada por todos católicos. Confira mais informações sobre Nossa Senhora da Conceição Aparecida: Nossa Senhora da Conceição Aparecida, popularmente chamada de Nossa Senhora Aparecida, é a padroeira do Brasil, venerada na Igreja Católica. Um título mariano negro, Nossa Senhora Aparecida é representada por uma pequena imagem de terracota da Virgem Maria atualmente alojada na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, localizada na cidade de Aparecida, em São Paulo. Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de outubro, um feriado nacional no Brasil desde que o Papa João Paulo II consagrou a Basílica em 1980. A Basílica é o quarto santuário mariano mais visitado do mundo,[3] e é capaz de abrigar até 45.000 fiéis. Aparição
Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo
da Cúria Metropolitana de Aparecida (anterior a 1743) e no Arquivo da Companhia de Jesus, em Roma.
A história foi primeiramente registrada pelo Padre José Alves Vilela em
1743 e pelo Padre João de Morais e Aguiar em 1757, registro que se
encontra no Primeiro Livro de Tombo da Paróquia de Santo Antônio de
Guaratinguetá. Segundo os relatos, a aparição da imagem ocorreu na segunda quinzena de outubro de 1717, quando Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar e governante da capitania de São Paulo e Minas de Ouro, estava de passagem pela cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba,durante uma viagem até Vila Rica.
O povo de Guaratinguetá decidiu fazer uma festa em homenagem à
presença de Dom Pedro de Almeida e, apesar de não ser temporada de
pesca, os pescadores lançaram seus barcos no Rio Paraíba com a intenção de oferecerem peixes ao conde. Os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso rezaram para a Virgem Maria e pediram a ajuda de Deus. Após várias tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu. Eles já estavam a desistir da pescaria quando João Alves jogou sua rede novamente. Ao invés de peixe, ele apanhou o corpo de uma imagem da Virgem Maria sem a cabeça. Ao lançar a rede novamente, apanhou a cabeça da imagem, que foi envolvida em um lenço.
Após terem recuperado as duas partes da imagem, a figura da Virgem
Aparecida teria ficado tão pesada que eles não conseguiam mais movê-la. A partir daquele momento, segundo os relatos, os três pescadores
apanharam tantos peixes que foram obrigados a voltarem para o porto, uma
vez que o volume da pesca ameaçava afundar a embarcação deles. Este foi o primeiro milagre atribuído à imagem. Início da devoção
Durante os quinze anos seguintes, a imagem permaneceu na residência
de Filipe Pedroso, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para orar. A devoção foi crescendo entre o povo da região e muitas graças foram alcançadas por aqueles que oravam diante da imagem. A fama dos supostos poderes da imagem foi se espalhando por todas as regiões do Brasil. Diversas vezes as pessoas que à noite faziam diante dela as suas
orações, viam luzes de repente apagadas e depois de um pouco reacendidas
sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não eram somente os pescadores
os que vinham rezar diante da imagem, mas também muitas outras pessoas
das vizinhanças. A família construiu um oratório no Porto de Itaguaçu,
que logo tornou-se pequeno para abrigar tantos fiéis.
Assim sendo, por volta de o vigário de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745.
A capela foi erguida com a ajuda do filho de Filipe Pedroso, que não
queria construi-la no alto do Morro dos Coqueiros, pois achava mais
fácil para o povo entrar na capela logo abaixo, ao lado do povoado. Em 20 de abril de 1822, em viagem pelo Vale do Paraíba, o então Principe Regente do Brasil Dom Pedro I e sua comitiva visitaram a capela e conheceram a imagem de Nossa Senhora Aparecida.
O número de fiéis não parava de aumentar e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (a atual Basílica Velha), sendo solenemente inaugurada e benzida em 8 de dezembro de 1888. Descrição da imagemA imagem retirada das águas do rio Paraíba em 1717 mede quarenta centímetros de altura e é de terracota, ou seja, argila que após modelada é cozida num forno apropriado.
Em estilo seiscentista, como atestado por diversos especialistas que a
analisaram ,acredita-se que originalmente apresentaria uma policromia, como era costume à época, embora não haja documentação que comprove tal suspeita. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Quando recolhida pelos pescadores, estava sem a policromia original,
devido ao longo período em que esteve submersa nas águas do rio. A cor de canela que apresenta hoje deve-se à exposição secular à fuligem produzida pelas chamas das velas, lamparinas e candeeiros, acesas por seus devotos.
Através de estudos comparativos, a autoria da imagem foi atribuída ao frei Agostinho de Jesus, um monge de São Paulo conhecido por sua habilidade artística na confecção de imagens sacras.
Tais características incluem a forma sorridente dos lábios, queixo
encravado, flores em relevo no cabelo, broche de três pérolas na testa e
porte empinado para trás. O motivo pelo qual a imagem se encontrava no fundo do rio Paraíba é
que, durante o período colonial, as imagens sacras de terracota eram
jogadas em rios ou enterradas quando quebradas.
Em 1978, após sofrer um atentado que a reduziu a quase duzentos fragmentos, a imagem foi encaminhada a Pietro Maria Bardi, à época diretor do Museu de Arte de São Paulo (MASP), que a examinou, juntamente com João Marinho, colecionador de imagens sacras brasileiras. Foi então totalmente restaurada, no MASP, pelas mãos da artista plástica Maria Helena Chartuni. Fonte: Wikipédia
|