Clientes de
bancos que precisam realizar transações acima dos limites permitidos em
lotéricas e correspondentes bancários estão com problemas para honrar
seus compromissos.
A comerciante Maria Reis, por exemplo, não utiliza
o internet banking e está com dificuldades para pagar o imposto Simples
Nacional, no valor de R$ 16 mil, além de uma conta de energia, que também
excede os limites impostos para estes títulos.
"Quem é comerciante faz compras e precisa
pagar os fornecedores através de boletos bancários. Se os valores forem altos,
a partir de R$ 3 mil, fica complicado para a gente pagar",
afirma.
Com as faturas
próximas do vencimento, a comerciante teme que seja necessário pagar juros.
"Os impostos não param, apesar da greve", afirma.
Segundo a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban), cada instituição impõe limites específicos para correspondentes
bancários. No caso das lotéricas, o limite de pagamento de qualquer tributo ou
convênio é de R$ 2 mil, para correntistas da Caixa Econômica Federal, e
de R$ 700, para os demais bancos.
O bancário Rui Aragão desconhecia esses limites. Ele não conseguiu pagar um
título de R$ 713, do banco Santander, em uma lotérica da Av. Vasco da
Gama e teve que pedir a uma amiga para pagar no internet banking. "Essa
despesa é nova, mas costumo pagar tudo no débito em conta", conta ele.
Já os valores de pagamentos de títulos no Banco
Postal, correspondente do Banco do Brasil, têm limites que vão de R$ 500, para
tributos e contas de consumo, a R$ 1.500, para títulos do próprio banco.
O Bradesco foi procurado para informar sobre os
limites de correspondestes bancários, mas não respondeu até o fechamento desta
edição. Fonte: A tarde |