A Polícia Civil investiga um golpe que prejudicou mais de 200 pessoas
desempregadas em Eunápolis. Até o momento, mais de 60 homens e
mulheres, que teriam sido atraídos pela promessa de emprego, já
prestaram queixa na delegacia local.
As vítimas denunciam que uma mulher - que dizia ser representante de
uma empresa que estaria se instalando no município -, cadastrou os
candidatos para as vagas que seriam abertas.
‘Ela cobrava R$ 22,50 de cada um de nós, com a promessa de trabalho,
mas se passaram quase três semanas e não vimos nada de concreto, só a
certa de que fomos lesados’, afirmou a dona de casa Adriana Conceição,
28 anos.
Os candidatos foram até encaminhados para fazer exame ocupacional em
uma clínica de medicina do trabalho da cidade. A clínica também teria
ficado com um prejuízo de quase R$ 4 mil.
‘A mulher disse que tinha a carteira assinada pela empresa, mas
descobrimos depois que nem uniforme ela possuía. Ela pegou Xerox de
nossos documentos, número de contas bancárias, fotografias’,
acreditamos que fosse verdade’, disse Adriana.
O golpe foi descoberto depois que a empresa Yamagata, com sede no Rio
de Janeiro, comunicou que não tem planos de se instalar na Bahia.
A mulher que está sendo acusada de aplicar o golpe do emprego, ainda
não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações. Mas ela
se apresentou espontaneamente ao delegado de Crimes Contra o Patrimônio
e no depoimento também afirmou que foi vítima.
A suspeita assegurou que, assim como os desempregados, também foi
enganada e apresentou comprovantes de depósitos, remetidos a uma
empresa, que comprovariam que não ficou com o dinheiro arrecadado.
A Polícia Civil ainda não divulgou quem seriam os beneficiados pelos
depósitos e só vai se manifestar sobre o caso após ouvir todas as
pessoas envolvidas. |