A Polícia Civil ainda não
possui o número de fugitivos, mas de acordo com um dos recapturados, pelo menos
três celas tiveram as grades serradas na tarde desta quarta-feira, 07, na
cadeia pública de Barreiras, no Oeste da Bahia. Em cada uma delas, há em média
15 detentos.
Os encarcerados usaram uma
"tereza”, corda feita com lençóis e cobertores, para descerem do teto do
pavilhão de aproximadamente cinco metros de altura, nos fundos da Delegacia. O
delegado plantonista, Alírio Oliveira acionou a Polícia Militar e aguardava a
chegada de reforços, para verificar as grades que foram cerradas e o local onde
perfuraram a laje para empreender fuga. "Também convocamos os policiais civis
que estão de folga para nos ajudar na vistoria da cadeia, contagem de presos e
trabalhos de busca dos foragidos” mencionou.
Alírio ressaltou que é muito
pequeno o número de plantonistas e não foi possível perceber o que ocorria na
área de detenção. O impasse continua entre Governo do Estado e Polícia
Civil, que não concorda em realizar o trabalho de custódia de presos.
Hoje, por exemplo, o setor de carceragem estava sem qualquer vigilância. "Neste
horário estávamos apenas com dois investigadores e um escrivão na Delegacia e
tudo ocorreu muito rápido”, revelou.
A Polícia Civil
pretende vasculhar todas as celas ainda hoje, onde supostamente existem
ferramentas que foram utilizadas para serrar grades e perfurar a estrutura de
concreto no teto do pavilhão. Os delegados devem divulgar a quantidade de
fugitivos e detalhes da fuga somente nesta quinta-feira, 08. A qualquer momento
traremos novas informações.
Para aumentar a
vigilância do cárcere, na semana passada a Coordenadoria Regional de Polícia
começou a construir uma guarita ao lado da cadeia, com a finalidade de combater
os riscos de fuga, infiltração de drogas ou serras e outros objetos usados
eventualmente pelos detentos para serrar grades.
Fonte: Sigi Vilares |