Em pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho. Agachados: Bebeto, Renato, Aílton, Zico e Zinho.O Flamengo brigou, lutou e nesta segunda-feira, enfim, terá o
reconhecimento do título brasileiro de 1987. A presidente Patrícia
Amorim se encontrou com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, na Barra
para formalizar o fim da polêmica questão.
O diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes, confirmou a informação.
- O Flamengo apresentou no início de fevereiro um estudo complexo
pedindo que a CBF reconsiderasse a decisão de 1987 e reconhecesse o
Flamengo como campeão junto com o Sport. O presidente Ricardo Teixeira
repassou para mim o estudo e, diante dos novos argumentos, vimos que
seria justo e isso não causaria problemas jurídicos a ninguém - disse.Carlos Eugênio Lopes considerou os argumentos do Flamengo bastante
convincentes e lembrou que após a unificação dos títulos desde 1959
seria injusto não resolver a pendência da Copa União. Na cerimônia de
distribuição das faixas, em dezembro do ano passado, Ricardo Teixeira
disse que, como havia uma decisão judicial transitada em julgado a
favor do Sport, poderia ser preso se desse a taça aos rubro-negros. A
diretoria do Flamengo respondeu com ironia. Em nota oficial, os dirigentes afirmaram que, se Teixeira viesse a ser preso, não seria pela polêmica de 87.
Nesta segunda, o diretor jurídico da CBF garantiu que, judicialmente, não há o que o Sport contestar.
- O estudo enviado pelo Flamengo tem vários anexos, inclusive um
documento em que o Sport reconhece o Flamengo também como campeão em
87. Com a decisão da CBF de unificar os títulos a partir de 1959 seria
injusto não resolver todas as pendências -afirmou.Longa batalha política
Em abril de 2010,
a CBF havia batido o martelo de que a Taça das Bolinhas deveria ser
entregue ao São Paulo, oficialmente considerado o primeiro time a
ganhar cinco vezes o Brasileiro. Na ocasião, Ricardo Teixeira disse que
a decisão era irrevogável. Dois dias antes, Fábio Koff havia sido
reeleito presidente do Clube dos 13 com apoio de Patrícia Amorim.
Ricardo Teixeira preferia que o eleito fosse Kléber Leite.
Na eleição de Koff, Patrícia estava ao lado de Juvenal Juvêncio,
presidente do São Paulo. Na semana passada, o dirigente tricolor
recebeu oficialmente a Taça das Bolinhas, apesar dos protestos da
diretoria rubro-negra.
No site oficial tricolor, Juvenal Juvêncio publicou uma carta para dar
satisfação a Patrícia Amorim sobre o caso. O presidente foi respeitoso,
elogiou Patrícia, mas argumentou que não poderia abrir mão de um troféu
"que materializa o símbolo de algumas das mais importantes conquistas
desportivas dessa entidade". No dia da entrega da taça, Juvenal
comentou que "ia se deliciar" com o troféu.
O Flamengo respondeu com um pedido de busca e apreensão na 50ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio.
Fonte: JQNoticias
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