Esse
trabalho teve início quando dois jovens, tomaram de assalto uma motoneta
Shineray, cor branca, na rua Visconde do Rio Branco, centro de Feira. As
guarnições policiais, após tomarem conhecimento do delito, iniciaram rondas com
intuito de localizar os acusados. Já no bairro Queimadinha, ao passar pela
localidade conhecida como Favela de Arrêa, a equipe comandada pelo sargento
Amorim acompanhado pelos soldados Brito "Zanjo", Aderbal e Bastos,
avistaram um grupo de homens que estavam reunidos próximos de um charco ali
existente. Os suspeitos correram em diversas direções quando avistaram o Tático
em ação.
Um dos
suspeitos estava a bordo da moto que havia sido roubado há minutos atrás. O
acusado é menor de idade (17 anos) e com ele foi encontrado o revólver. O
sargento Amorim disse que o jovem imediatamente confessou ter participado do
roubo do veículo e que seu comparsa conseguiu fugir após ter invadido o charco
da favela.
Outra parte
da equipe policial conseguiu alcançar um segundo suspeito, também menor de
idade e com este foi encontrado 102 pedras de crack embaladas, em uma vasilha.
Durante o
trabalho dos policiais, várias ligações foram feitas para o 190, denunciando
que os adolescentes infratores faziam parte de uma perigosa quadrilha que
estavam aterrorizando aquela área e que o grupo havia matado uma pessoa no
último sábado (08), sendo que o corpo foi arrastado para dentro da lagoa ali
mesmo aonde eles estavam.
Ao serem
interpelados pelos policiais do Tático, um dos adolescentes confessou a
participação no assassinato da pessoa e disse saber o local onde o cadáver
estava ocultado. De pronto, a polícia entrou no lamaçal para comprovar a
veracidade do fato.
Após se
aprofundarem muito nas buscas, os policiais descobriram o corpo que estava
completamente submerso em meio ao charco, a lama e o mato que o grupo colocou
para tentar dificultar a descoberta do cadáver.
A vítima
foi identificada como Everaldo de Jesus Júnior, conhecido como "Zói". Ele tinha 21
anos e já tinha diversas passagens pela polícia por crimes como homicídio e
tráfico de drogas. A vítima fazia parte do bando, mas, segundo informações dos
adolescentes estava devendo na boca e não estava mais querendo pagar o seu
próprio vício e por isso não era mais bem vindo no grupo.
O
adolescente contou ainda que a quadrilha realiza diversos assaltos, contra
pedestres, carros, motos, e traficam drogas durante 24 horas em sistema de revezamento
para tomar conta da "boca". Segundo informações o chefe da quadrilha
é o indivíduo apelidado como Lan, que ultimamente mudou seu vulgo para "bola”.
O corpo de
bombeiros foi acionado e a equipe de busca e resgate teve muita dificuldade
para retirar o corpo devido ao local ser de difícil acesso e o corpo que já
estava em avançado estado de decomposição.
O sargento
Amorim e sua equipe do Tático Móvel disse que contou com o apoio da Tático 14,
composta pelos soldados Bispo (comandante), Roque (motorista) e Luciano.
Fonte: Central de Polícia