Os amigos do estudante Lucas Magalhães, que foi morto em um assalto na noite da última terça-feira (25), voltaram a bloquear a Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), na entrada do conjunto Feira VII, em Feira de Santana.
Eles protestam contra a violência na cidade e pedem justiça. Os alunos se concentram na frente da Escola Estadual, onde a vítima estudava, e seguiram em caminhada com cartazes até a rodovia. Antes da caminhada eles tiveram um momento de reflexão ministrado pelo vice-diretor da escola, João Pedro.
Ele disse ao Acorda Cidade que pediu aos alunos para não irem para a pista, mas não conseguiu impedi-los. “Jovens nesta idade a revolta é grande, a maioria nem entrou na escola hoje. Orientamos a não fechar a BR, mas eles pretendem chamar atenção das autoridades quanto à falta de segurança. Estou aqui observando para não acontecer alguma fatalidade”, disse.
A pista ficou bloqueada por poucos minutos, mas foi o suficiente para provocar um longo congestionamento. A lentidão do trânsito na rodovia refletiu também no centro da cidade. Vários motoristas de caminhões saíram do Anel de Contorno para evitar o congestionamento e entraram no centro da cidade. Por conta disso, na Avenida Presidente Dutra também houve lentidão no tráfego. Para agravar a situação, obras de recapeamento asfáltico estavam sendo realizadas no momento.
O crime
Lucas estava próximo à Escola Estadual Georgina Nascimento, na Rua El Salvador, no conjunto Feira VII, com dois amigos, quando dois homens em uma motocicleta Fan preta anunciaram o assalto. Os amigos entregaram o celular, mas Lucas, segundo testemunhas, jogou o celular no chão e saiu correndo. Os assaltantes foram atrás e um deles atirou no tórax do estudante. Lucas foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu. Ele morava na Rua 4, no loteamento Terra do Bosque, no bairro Sítio Mathias. Os outros dois alunos não ficaram feridos.
O tio de Lucas, Romualdo Magalhães, disse que o sobrinho era noivo e estava com casamento marcado para o mês de janeiro. “Infelizmente estamos em um país de impunidade. Lucas era um menino bom, trabalhador, cheio de planos, trabalhava praticamente com três serviços. Comprou geladeira, guarda-roupa, estava planejando para realizar um de seus sonhos, que era casar. Os bons se vão e os maus ficam aí para fazerem mais vítimas”, lamentou Romualdo.
Fonte: AcordaCidade
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