Segundo a delegada, o suspeito confessou que esteve com Danúbia na
quarta-feira à noite, jantaram, tiveram relações sexuais, e como tinha
que viajar para a cidade de Brejões para resolver um problema bancário
no dia seguinte, ele teria saído de casa, mas esqueceu a carteira com os
documentos. Nilson disse que retornou para buscar a carteira às 23h40 e
encontrou um homem no corredor da casa de cueca e armado.
Ainda de acordo com a delegada, Nilson contou que teria desarmado o
homem, entraram em luta corporal, havendo deflagração de tiros. Ele
disse não lembrar a quantidade de disparos e nem de ter atirado em
Danúbia. "O suspeito disse que queria atirar na pessoa que estava dentro
da casa”, afirmou Dorean.
Nilson Oliveira afirmou ainda no depoimento à delegada, lembrar que
após o ocorrido pegou a BR-324 no carro de Danúbia, depois pegou a
BR-101 e largou o carro em um posto de combustível. Ele teria ficado
escondido dentro do mato e depois entrou em contato com a família,
seguindo para a cidade de Conceição do Coité. Sobre as perfurações no
corpo da vítima, ele disse não saber.
A delegada Dorean disse não acreditar na versão contada por Nilson
Oliveira e afirma que está convencida de que ele matou Danúbia por
ciúmes. "Eu sempre digo: ‘quem ama não mata, quem ama cuida’. Ele já
vinha demonstrando indícios de que era violento. Houve uma discussão,
ela estava separada dele e ele não aceitava o final do relacionamento, o
que culminou na morte de Danúbia”, afirmou.
O advogado Flavio Tavares, constituído por Nilson Oliveira, confirmou
que seu cliente disse ter uma terceira pessoa no local do crime, fato
que, segundo ele, deve ser apurado pela polícia. De acordo com o
advogado, Nilson já sabia da possibilidade da decretação da prisão
preventiva e afirmou que ele desejava se apresentar para esclarecer os
fatos.
Enquanto o suspeito do crime, Nilson Oliveira, prestava depoimento,
familiares de Danúbia estiveram na delegacia para acompanhar a
apresentação. O irmão da vítima, o supervisor de vendas Nilson Lopes,
destacou que a irmã era uma pessoa honesta, trabalhava e era recém
formada em Ciências Contábeis, mas que atualmente trabalhava com design.
"O que resta dela agora é só a saudade, da família, dos muitos amigos
que tinha e da filha que agora está conosco”, afirmou.
Ele disse que está feliz com o trabalho da polícia que teve uma ação
firme e com seriedade, desde o início do inquérito, representando pela
prisão preventiva. "A gente fica pelo menos com o consolo de que a
justiça está sendo feita e em nome da família quero agradecer a todos os
amigos que estiveram do nosso lado nos apoiando”.
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