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Antecipando as comemorações do Dia da Independência do Brasil – celebrado na segunda-feira (7) –, mais de cem estudantes de colégios estaduais desfilaram na Parada da Independência, na manhã desta sexta-feira (4), no bairro de São Cristóvão, em Salvador. Vestidos a caráter, com grupos de dança e bandas, os adolescentes levaram as fanfarras da escola pela Avenida Aliomar Baleeiro e foram acompanhados de perto pela população do bairro.
Os alunos dos colégios estaduais Professor Carlos Alberto Cerqueira, do bairro de São Caetano; Luiz Navarro de Brito, da Lapinha; João Caribé, de São Tomé de Paripe, se reuniram na quadra e salas de aula do Colégio Estadual Visconde de Mauá, que fica em São Cristóvão. A banda anfitriã, a Banvima (banda da Visconde de Mauá), estava desde cedo na quadra da escola e os alunos estavam ansiosos para o desfile. Segundo Wesley de Souza, do 9º ano, levar a Banvima para o lado de fora da escola é o “fim de um mistério”. “A vizinhança da escola e o bairro estão acostumados a nos ouvir ensaiar e acho que de longe tudo parece um barulho. Mas tocando pela rua, as pessoas vão entender e saber que não estamos aqui para bagunçar ou brincar, elas vão ver o que estamos aprendendo e que aquele som todo são músicas de verdade”, contou Wesley, pouco antes de sair tocando da escola.
Com os estandartes das escolas à frente de cada grupo, os estudantes se concentraram durante toda a apresentação, o que reflete o trabalho que é feito nas escolas com os alunos. Para o regente do colégio Visconde de Mauá, Alexander Silva, as aulas de música produzem um envolvimento maior do jovem na escola e isso traz como resultado os prêmios conquistados pela Banvima, tanto pelas apresentações, quanto pela disciplina dos alunos. “Acaba sendo fácil o meu trabalho, porque quando eles percebem o que podem fazer com os instrumentos, eles se mostram interessados, inteligentes e assimilam muito rapidamente as lições. É um trabalho gratificante”, contou o regente.
Para os alunos, a cobrança também vem da escola, para que eles não encarem a música apenas como uma diversão, mas como parte do processo educacional. Por conta disso, a diretora do Colégio Estadual João Caribé, Rosilane Gomes, afirma que a situação do estudante é analisada para que ele participe e continue fazendo parte da fanfarra. “A fanfarra faz parte do projeto Mais Educação e esses alunos precisam estar matriculados na escola, frequentando regularmente. Para compor o grupo, são avaliados critérios, como bom rendimento nas disciplinas e o comportamento na escola. Temos a fanfarra desde 2010 e, nestes cinco anos, se mostrou uma forma muito proveitosa de inserir ainda mais os alunos na vida escolar”, explicou a diretora. |