Foi legítima defesa”. A alegação é do mecânico
Jadson da Silva Garcia, de 30 anos, que atirou cinco vezes em seu padrasto, o
soldado reformado da Polícia Militar, Genário Góes Borges, 52, no domingo (15),
na rua Pastor Martin Luther King, em São Caetano.
Jadson, que já responde por receptação, se
apresentou, na tarde desta terça-feira (17), no Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi ouvido pelo delegado Jackson Carvalho, da 3ª
Delegacia de Homicídios (DH/Bahia de Todos os Santos). Ele estava acompanhado
da mãe e do advogado.
Em seu depoimento, o
mecânico disse que, no dia do crime, Genário teria ido à sua casa, situada na
Boa Vista do São Caetano, à procura da mãe dele, identificada como Rosângela.
Visivelmente embriagado, segundo Jadson, o policial chamou a mulher, com quem
viveu durante 15 anos, com xingamentos. Irritado com a situação, o enteado
entrou em luta corporal com o padrasto, mas se desvencilhou da briga quando
percebeu que a vítima estava com um revólver na cintura.
O acusado disse que,
depois do ocorrido, foi ao encontro da mãe, que estaria na casa de uma amiga,
para alertá-la de que Genário havia procurado por ela apresentando sinais de
embriaguez e armado. Ao retornar para casa, na Boa Vista, deparou-se novamente
com o padrasto, que tentou sacar uma arma da cintura, sem conseguir empunhá-la.
Nesse momento, de acordo com o interrogatório, o mecânico tomou a arma do
policial e a disparou.
Jadson declarou também
que presenciou , por diversas vezes, as agressões do padrasto contra sua mãe.
Em uma delas, a mulher foi atingida por disparos de arma de fogo ficando
internada por três meses. Quanto a arma do crime, informou que a jogou em um
matagal na BR 324. A polícia faz buscas para localizá-la. Segundo o delegado
Jackson Carvalho, cinco pessoas foram ouvidas e outras testemunhas já foram
intimadas a prestarem esclarecimentos. Como se apresentou espontaneamente,
Jadson foi liberado e, inicialmente, responderá em liberdade. Fonte: Aratu Online |