Uma start-up do ramo farmacêutico decidiu produzir o primeiro medicamento brasileiro à base de maconha. A ideia é fazer um extrato fitoterápico que trate casos de epilepsia nos quais outros remédios não funcionam. A previsão dela é que a droga seja lançada em 2018. A vantagem de um medicamento brasileiro, desenvolvido e testado no país, seria a segurança e a garantia de fornecimento para quem necessita da droga – que não precisaria mais depender, como ocorre hoje, de autorizações para importá-la. Os principais componentes do extrato da erva são o tetra-hidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). O primeiro é psicotrópico; o segundo, não. Tanto o THC quanto o CBD têm propriedades farmacológicas que os fazem ser de interesse medicinal. O problema é o grande potencial de abuso, principalmente do THC –isso dificulta o licenciamento de medicamentos baseados no composto. Depois da padronização da obtenção do extrato candidato a medicamento, haverá testes em ratos para garantir a segurança do processo. É aí que entra em cena a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que deve supervisionar e chancelar todas as etapas de testes clínicos em pessoas e animais. Por se tratar de tecnologia desenvolvida no Brasil, em uma questão de saúde importante para a qual não há tratamento (epilepsias refratárias, como a síndrome de Dravet), espera-se que o projeto transite com celeridade |