A
economia brasileira cresceu 1,5% entre abril e junho deste ano, frente ao
primeiro trimestre, informou o IBGE nesta sexta-feira. Frente ao mesmo
trimestre do ano passado, o avanço foi de 3,3%. Assim, no acumulado nos 12
últimos meses, a alta é de 1,9% e, no semestre, de 2,6%. No segundo trimestre,
o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) em
valores correntes atingiu R$ 1,2 trilhão frente ao primeiro trimestre. O
resultado ficou no teto das projeções dos analistas, que esperavam taxa entre
0,7% e 1,5%. Na média as previsões apontavam alta de 0,9% na comparação com o
trimestre anterior, o mesmo patamar esperado por técnicos do governo. Para
2013, as expectativas são de expansão entre 1,7% e 2,3%.
A
expansão de 1,5% é a maior frente ao trimestre anterior desde o primeiro
trimestre de 2010 (quando foi registrado avanço de 2%). Já o crescimento de
3,3% frente ao segundo trimestre de 2012 é o maior para todos os trimestres
desde o segundo trimestre de 2011. A agropecuária foi novamente destaque
no resultado, com crescimento de 3,9% frente ao primeiro trimestre. A
indústria, por sua vez, cresceu 2%, enquanto o setor de serviços avançou 0,8%.
Na comparação com o segundo trimestre de 2012, quando o PIB avançou 3,3%, a
agropecuária teve alta de 13%, a indústria subiu 2,8% e o setor de serviços,
2,4%. Apesar de a agropecuária ter obtido a maior taxa, o setor não tem
grande peso, respondendo com apenas 5% do PIB, aponta Rebeca La Rocque Palis,
gerente da coordenação de contas nacionais do IBGE.
Todos
os subsetores que formam a indústria apresentaram crescimento, sendo que o
desempenho da construção civil foi de 3,8%. A indústria de transformação
registrou avanço de 1,7%, em relação ao trimestre imediatamente anterior,
seguida da extrativa mineral (1%), eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza
urbana (0,8%). Não houve revisão para os dados do PIB no primeiro
trimestre. Quando observados os gastos, a despesa de consumo das famílias
e a despesa de consumo da administração pública tiveram acréscimo de 0,3 e
0,5%, respectivamente, em relação ao primeiro trimestre do ano. Já na
comparação com o mesmo período do ano anterior, o consumo das famílias avançou
2,3% - é o 39º crescimento consecutivo (com elevação de 2,1% da massa salarial
real). Com relação aos serviços, destaca-se o avanço do comércio, de 1,7%.
As demais atividades também apresentaram crescimento em relação ao trimestre
anterior. Intermediação financeira e seguros (1,1%), seguidos de transporte, armazenagem
e correio (1,0%), de serviços de informação (0,9%), de outros serviços (0,7%) e
atividades imobiliárias e aluguel (0,7%).
Por
sua vez, a atividade de administração, saúde e educação pública se manteve
praticamente estável em relação ao trimestre anterior: variação positiva de
0,1%. Os dados do segundo trimestre mostraram avanço dos investimentos,
tanto na comparação com o primeiro trimestre quanto com o segundo trimestre de
2012. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, que é o termômetro dos investimentos)
subiu 3,6% em relação ao primeiro trimestre e 9% frente ao segundo trimestre do
ano passado. O desempenho foi puxado, segundo o IBGE, pela produção interna de
bens de capital. No primeiro trimestre, período em que o país cresceu
0,6%, o maior destaque também havia sido o setor agropecuário, que avançara
9,7%, a maior alta desde o segundo trimestre de 1998, quando cresceu 13,9%. A
indústria, por sua vez, recuou 0,3% no período e os serviços expandiram-se
0,5%. Em 2012, o crescimento PIB brasileiro foi de apenas 0,9%, o pior
desempenho desde 2009. Fonte: O globo |