A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga os ex-jogadores Dunga e Júnior Baiano, o irmão de Ronaldinho Gaúcho e o pai do atleta Neymar Jr sobre a rede internacional de cambistas que atua na Copa do Mundo. Eles serão chamados para prestar depoimento para esclarecer se têm envolvimento na máfia dos ingressos. A suspeita surgiu porque um dos 11 presos no esquema ilegal, o franco-argelino Mohamadou Lamine Fofana, 57, tem relação com os ex-jogadores. Fofana, que é apontado como chefe do grupo, fechou um bar na zona sul carioca no último 17 para realizar uma festa em homenagem aos ex-jogadores da campanha de 1970. Dunga, Jairzinho e Carlos Alberto Torres foram convidados. Já Júnior Baiano alugou um apartamento para o argelino por R$ 12 mil na Barra, no Rio de Janeiro. Escuta telefônica também indica que Fofana negociou ingressos com Roberto de Assis Moreira, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho. Assis também será chamado para prestar esclarecimentos. A polícia ainda investiga se o pai e empresário de Neymar tem envolvimento no esquema. Isso porque em uma conversa telefônica grampeada, um dos suspeitos de envolvimento na máfia, Alexandre Vieira, diz que assistia o jogo entre Brasil e Chile ao lado do pai de Neymar em um dos lugares mais caro do Mineirão. A assessoria do craque negou que Neymar da Silva conheça o argelino. A investigação também aponta envolvimento de membros da CBF e das federações de Argentina e Espanha. O grupo faturava até R$ 1 milhão por jogo. Eles atuam nos Mundiais desde 2002.
Fonte: A Tarde |