De janeiro até o início de novembro deste ano, a Bahia registrou cerca de 950 casos de infecção pelo vírus HIV. Em 2014, foram notificados cerca de 1.240. Apesar de as estatísticas apontarem para uma possível redução em 2015, os números são considerados alarmantes pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
Nesta terça-feira, 1º, várias ações marcam o Dia Mundial de Luta contra a Aids, dentro da campanha Zero Discriminação, promovida pela Sesab. Às 9h, uma caminhada sai da sede do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa (Cedap), no Garcia, para o Campo Grande com distribuição de preservativos e folders sobre a doença.
A Sesab, em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, realiza atividades de prevenção e testagem de HIV e sífilis na Biblioteca Central (Barris), das 9h às 16h, e na Thales de Azevedo (Costa Azul), das 9h às 18h.
No Porto da Barra, haverá ações de prevenção e testagem para HIV (fluido oral) das 16h às 19h. Nas unidades básicas de saúde que fazem parte do programa Fique Sabendo, será intensificada até o dia 6 a oferta de testes rápidos para detecção do HIV, sífilis e hepatites além de palestras, atividades educativas e distribuição de preservativos masculinos e femininos.
Números
No ranking dos municípios que apresentaram mais casos de Aids, Salvador é o primeiro, com 7.230 registrados de 2005 a 2014. Feira de Santana aparece em segundo, com 853, e, em terceiro, Porto Seguro, com 360 registros.
De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep)/Coordenação Estadual de DST/Aids, de 2005 a 2014 foram contabilizados 9.994 registros no estado. Foi apontado um crescimento de 60% do número de homens contaminados (de 11,13 casos por 100 mil pessoas em 2005 para 18,1 em 2014). Os homens são maioria também entre os casos confirmados desde a primeira detecção da doença na Bahia, em 1984. De lá para cá, 62,7% (15.104) do total de 24.084 casos são em homens.
A Divep aponta ainda que as faixas com o maior número de contaminação por HIV foram as de 30 a 39 e 40 a 49 anos. De 2005 a 2014 foram registrados 5.868 e 4.126 casos respectivamente nessas faixas etárias.
Cresceram, ainda que em menor proporção, números de casos entre pessoas de 15 a 19 anos e 70 a 79 anos. A coordenadora do Programa Estadual de DST, HIV/Aids e Hepatites Virais, Nilda Ivo, diz que estimular a prevenção entre pessoas dessas faixas etárias é um desafio.
Fonte:Atarde |