O desemprego bateu à porta de mais 2 milhões de brasileiros nos primeiros três meses de 2016 e atingiu 10,9% da população, de acordo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (29).
Com isso, a população desocupada no País atingiu a marca de 11,1 milhões de pessoas em março.
Na passagem do trimestre encerrado em dezembro de 2015 para os três meses terminados em março, houve um aumento de 22,2% no número de desempregados.
Já na comparação entre o trimestre terminado em março de 2016 com o do ano anterior, houve um crescimento de 3,2 milhões de pessoas desempregadas na força de trabalho — 39,8% a mais.
Enquanto o contingente de desempregados aumenta, a população ocupada — que permanecera estável durante praticamente todo o ano de 2015 — começou a diminuir. Em março de 2016, o número de empregados no Brasil chegou a 90,6 milhões — 1,7% a menos que os 92,2 milhões registrados em dezembro de 2015.
Entre os brasileiros empregados, 34,6 milhões tinham carteira assinada em março deste ano — uma redução de 2,2% em relação a dezembro de 2015. Já quando se compara o emprego formal do primeiro trimestre de 2016 com o mesmo período de 2015, pelo menos 1,4 milhão de pessoas com carteira assinada perderam essa condição (queda de 4%).
Salários
Se as notícias são ruins quanto aos números gerais, o rendimento médio do brasileiro permaneceu estável no trimestre terminado em março. Em média, o salário do empregado brasileiro é de R$ 1.966 — praticamente os mesmos R$ 1.961 registrados em dezembro de 2015. Porém, quando comparado ao mesmo trimestre de 2015, houve queda de 3,2%, já que chegava a R$ 2.031 naquela ocasião. |