Lideranças do Democratas como seu ex-presidente Jorge Bornhausen e o
prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, articulam dentro do próprio
partido a formulação de uma proposta de possível fusão com o PMDB.
Vários setores do DEM são contra, como seu presidente nacional,
deputado Rodrigo Maia (RJ). A proposta surpreende porque o DEM se
caracteriza pela forte oposição ao governo do PT, apoiado pelo PMDB. Segundo
interlocutores do vice-presidente eleito Michel Temer, o DEM já sondou
o PMDB sobre a possibilidade de fusão dos partidos. A proposta de
fusão do DEM embute uma malandragem: os políticos poderão ir para um
terceiro partido sem o risco de perder os mandatos. Durante a campanha eleitoral, o presidente Lula disse em Florianópolis que era preciso "extirpar o DEM” da política. Confirmada
a fusão, não em nada que pague ouvir, em uma reunião de aliados, Lula
chamando o atual líder do DEM no Senado de "companheiro Agripino”