Seja num lanche no bar ou almoço no restaurante, consumidores devem
abrir os olhos. Sem legislação que exija a presença de nutricionistas
nos estabelecimentos que manipulam gêneros alimentícios, é preciso
estar atento à qualidade da comida adquirida no dia-a-dia.
Apesar de a chefe de alimentos da Vigilância Sanitária municipal
(Visa), Kátia Rezak, dizer que não é difícil encontrar restaurantes e
bares irregulares, os órgãos públicos não têm um número absoluto de
pessoas que tiveram intoxicação alimentar nos últimos anos. A gestora
reforça a necessidade de cuidados da população nas refeições fora de
casa.
A Visa também não tem consolidado os dados de estabelecimentos
notificados por irregularidades no preparo das refeições. Para
completar, perceber que o alimento está contaminado não é uma tarefa
tão simples.
O especialista em segurança alimentar e coordenador do curso de
gastronomia da Unifacs, Odilon Braga Castro, também docente de
gastronomia da Universidade Federal da Bahia (Ufba), alerta para a
importância da verificação das condições de higiene do ambiente e o
manuseio dos alimentos, que pode ajudar na hora de escolher um
restaurante seguro.
Pequenos sinais, como sujeira na roupa de um garçom ou num prato,
podem indicar algo errado. "A bactéria não tem cheiro, não tem cor, nem
dá para vê-la. Somente quando a comida está deteriorada é que dá para
sentir o mau cheiro”, afirma Castro.
O estudante Fernando Barreto de Figueiredo, 19 anos, já sofreu com
infecção alimentar, depois de fazer um lanche num restaurante de
alimentos fast-food. "Tive diarreia e vômito, mas melhorei depois de
beber água de coco e muito líquido”, relembra ele.
Casos como o de Fernando são bastante comuns, mas não é simples
mensurar a quantidade de pessoas intoxicadas na Bahia. A ausência de
dados é justificada pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), conforme
nota da assessoria de imprensa, pela dificuldade em identificar os
casos de intoxicação nas emergências e internamentos nas unidades
públicas.
A assessoria informou que não há a obrigatoriedade das notificações para estes casos.
Dez dicas para uma alimentação nota 10
1 - Pratos e copos rachados não são bons sinais. Jamais os utilize
2 - Observe tudo em volta: cuidado com o ambiente geralmente é extensivo aos alimentos
3 - Garçons: unhas e roupas sujas, cabelo grande e barba são maus sinais
4 - Comida deve estar protegida de insetos, vento e manuseios
5 - Cobre identificação dos pratos
6 - Comida a peso exige proteção para evitar o contato manual
7 - Estufas de salgados devem permanecer ligadas
8 - Locais devem oferecer pias. Lave sempre as mãos
9 - Alimentos não devem ficar mais que 3 horas expostos
10 - Sempre que possível, visite a cozinha do lugar que você come, conferindo as condições de higiene
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