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Main » 2016 » Novembro » 22 » CRIME BRUTAL: MENINA DE CINCO ANOS FOI ENTERRADA VIVA EM MINAS GERAIS
4:38 PM
CRIME BRUTAL: MENINA DE CINCO ANOS FOI ENTERRADA VIVA EM MINAS GERAIS

A pequena Ana Clara Gonçalves, de cinco anos, pode ter sido enterrada viva, aponta laudo pericial sobre a causa da morte da criança. O corpo apresentava sinais de asfixia mecânica. Além disso, porções de terra foram encontrados nos pulmões da criança. A Polícia Civil diz que as investigações sobre a morte de Ana Clara continuam e o inquérito deverá ser concluído em breve.
 
 
O corpo da menina foi encontrado na sexta-feira (18) em uma plantação de eucaliptos na BR-494. Ana Clara desapareceu em 12 de novembro em Carmo da Mata, região Centro-Oeste de Minas. A Polícia Civil chegou ao local depois do padrasto da garotinha, Alex Júnior Alexandre, de 27, ter indicado o ponto exato onde ela estava enterrada. Ao chegar ao local, os investigadores encontraram a terra fofa e mexida.
 
 
Suspeito do crime, o padrasto alegou aos policiais que a vítima bateu a cabeça de forma acidental e não teria resistido ao ferimento. O homem deu várias versões sobre o local em que a menina teria se ferido, sendo que, em uma delas, disse que o acidente teria ocorrido em casa.
 
 
As pessoas ouvidas pela Polícia Civil relataram que o padrasto mantinha boa relação com a garota. Não foram relatadas agressões anteriores à vítima.
 
 
O homem está preso temporariamente no presídio de Oliveira desde o último sábado (12), quando as câmeras de monitoramento localizadas a 30 metros da casa da família apontaram que Ana Clara não deixou a residência a pé. Isso reforça a tese de que Ana Clara teria saído do local de carro e o único veículo a deixar a residência era dirigido pelo padrasto, o que reforçou a suspeição sobre ele.
 
 
A última vez em que Ana Clara foi vista foi no sábado (12), quando a mãe da criança, Marciana Pereira da Cruz, de 23, proibiu a menina de ir à casa de uma amiguinha. O celular da mãe foi apreendido para ser periciado.
 
 
Casada a dois anos com Alex e com um filho dele de 8 meses, Marciana se manteve reservada ao ser questionada pela reportagem sobre possíveis brigas e agressões sofridas pelo companheiro. 
 
 
Em relação a suspeita de envolvimento do marido no desaparecimento da criança, Marciana limitou-se a dizer que “ninguém conhece ninguém de verdade”.
 
 
Entenda
Nessa sexta-feira (18), a repórter Carolina Caetano esteve na cidade e conversou com os envolvidos. A forma fria como o padrasto de Ana Clara trata a situação e se refere a ela, sempre no passado, reafirma as suspeitas de que ele teria envolvimento no crime.
 
 
“Temos 95% de certeza do envolvimento do padrasto no desaparecimento, mas ainda não sabemos a motivação. Porém, ele nega que tenha saído com a enteada. O suspeito mente mesmo diante de provas inquestionáveis”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Douglas Camarano, à repórter.
 
Relação
 
O pai de Ana Clara paga pensão alimentícia, mas tem pouco contato com a criança. “Sempre que queria pegá-la, a mãe demorava para liberar. Para evitar confusão, deixava de passar os fins de semana com ela”, explicou o moldador Crispim Gonçalves Viana Neto, 28.
 
 
Perfil do suspeito
Em conversa com a reportagem,a mãe do Padrasto de Ana Clara, que se identificou apenas como Cidinha, contou que o filho é muito reservado, mas desconhecia qualquer comportamento explosivo dele. "Alex é assim: não puxava papo, mas se você conversa, ele fala", disse.
 
 
O jovem, que, pelos vizinhos, era considerado "uma pessoa estranha", tinha um registro na polícia por violência doméstica contra a ex-companheira. Em relação a esse caso, Cidinha minimizou.
 
"Essa mulher era mais velha que ele e morria de ciúmes. Se ele virasse para o lado e passasse uma garota, ela virava a mão na cara dele. Chegou uma hora que ele não aguentou", explicou a dona de casa, que vive com o pai.
 
 
População
O crime gerou comoção nos quase 11.000 habitantes da cidade. Um grupo formado por moradores chegou a pressionar a polícia, durante a semana passada, com o intuito de invadir a delegacia em busca de Alex O objetivo do grupo era "fazer justiça com as próprias mãos".
 
 
Sensibilizado com a situação, o delegado permitiu que um grupo fizesse uma vistoria na delegacia para constatar que o preso não estava mais lá. Dessa forma, os manifestantes deixaram o local. 
 

 

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