Uma menina de nove anos está sem andar após contrair esquistossomose, depois de tomar banho de rio em Lençóis, na Chapada Diamantina, na Bahia. A criança, natural de Itaberaba, visitou a região com a família em janeiro deste ano e, somente em abril, começou a apresentar os sintomas da doença. Dois irmãos da criança também foram contaminados, mas não manifestaram a doença. Os pais aguardam resultados de exames para saber se também foram infectados. Os parentes desconfiaram que a menina estava doente depois de assistirem uma reportagem sobre 32 turistas mineiros que contraíram esquistossomose após um passeio na Chapada. Os turistas tomaram banho em um ponto turístico conhecido como Poção, que fica dentro de uma fazenda particular. A menina de 9 anos também passou pelo local com os parentes. A área foi interditada após os visitantes mineiros serem diagnosticados com a doença. Além do Poção, dois locais usados por moradores de Lençóis para banho foram interditados após uma análise detectar presença de caramujos infectados com esquistossomose na água. Os dois locais de banho interditados foram o "Poço Verde" e o "Banho da Ponte", que ficam às margens da BR-242. Ao G1, a secretária de Turismo da cidade, Lilian Andrade, disse que esses locais estão no leito do Rio Santo Antônio, assim como o Poção, e por isso todos foram fechados. "O Rio Santo Antônio recebe dejetos de comunidades ribeirinhas e foram detectados presença de caramujos contaminados nesses três pontos. A vistoria foi realizada pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e pela Vigilância Epidemiológica do município. Fizemos a coleta na colha do rio e detectamos o problema", destacou. Ainda ao site, Lilian Andrade afirmou que o Poço Verde e o Banho da Ponte não são locais turísticos e que são utilizados para banho somente pela população local. O Poção, por sua vez, que fica localizado dentro de uma fazenda particular do município, foi aberto por um período de três meses como atrativo turístico, mas fechado logo depois de os turistas mineiros serem detectados com a doença. De acordo com a secretária, não há uma previsão de quando os locais serão liberados. "Isso é imprevisível, porque, para se ter uma certeza, é preciso uma ação do poder público, não só em nível municipal, como estadual e federal. Falta saneamento básico". Segundo a prefeitura, estão sendo tomadas providências para realizar uma campanha de prevenção junto à população, incluindo as escolas do município e agentes de turismo local. |