Enquanto os bancos batem recorde de lucratividade, os bancários recebem
baixos salários e vêem o número de empregados de empregados nas
agências reduzir a cada dia. Nos últimos cinco anos, 1.634 funcionários
foram demitidos.
Ano passado, 332 bancários foram dispensados na Bahia e o quadro de
funcionários no Estado terminou em 13.023, enquanto o Brasil bateu
recorde em geração de empregos, com 2,542 milhões postos de trabalho
com carteira assinada. Os números revelam que os bancos continuam na
contramão do desenvolvimento.
O Bradesco, entre 2005 e 2010 colocou 623 bancários para fora da
empresa sem justa causa. Em seguida aparecem Santander com 266
demissões, Itaú com 253 e HSBC com 147. As consequências são sentidas
no dia-a-dia dos poucos empregados que restam nas agências.
A pressão para cumprir metas, o assédio moral, a sobrecarga de trabalho
e as doenças ocupacionais fazem parte da rotina do bancário. Outros
atingidos diretamente pelas demissões são os consumidores, obrigados a
enfrentar filas gigantescas para fazer alguma operação.