A comissão especial da reforma política no Senado aprovou na última
quinta-feira (17) o fim da reeleição no país e fixação do mandatos no
Poder Executivo para cinco anos. A determinação vale para presidente da
República, governadores e prefeitos.
Se a decisão da Comissão de Reforma Política do Senado também for
aprovada pelo Congresso, a regra passa a valer para os candidatos
eleitos em 2014. Neste caso, na hipótese de reeleição da presidente
Dilma Rousseff, ela seria favorecida com um mandato de nove anos, já
que o segundo teria a duração de cinco anos.
O presidente da comissão, Francisco Dornelles (PP-RJ), e o senador
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), foram os únicos a defender o modelo
atual, em que os governantes se elegem para exercer um mandato de
quatro anos, com direito à reeleição. Outra determinação da Comissão
foi pela manutenção do voto obrigatório, já que uma parte da comissão
era favorável ao voto facultativo.
No entanto, na reunião destacado que o modelo atual consiste numa
"obrigatoriedade flexível", já que a lei eleitoral prevê sanções
brandas ao eleitor que faltar ao pleito, como multas estimadas em R$
3,50. Na próxima reunião, os senadores vão analisar as propostas de
implantação do voto distrital e do voto majoritário para deputados
federais, estaduais e vereadores. A comissão apresentará o relatório
final no dia 5 de abril. |