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O Banco Central (BC) lança na próxima segunda-feira (13) a segunda
geração da família de cédulas do real. Primeiro, entrarão em circulação
as novas notas de R$ 50 e de R$ 100. Em 2011, será a vez das notas de
R$ 10 e de R$ 20 e, por último, a partir de 2012, começará a
substituição das notas de R$ 2 e de R$ 5. De acordo com o BC, as duas
notas de maior valor são as que demandam maior proteção contra
tentativas de falsificação e, por isso, estão sendo lançadas antes das
demais. Mais de 70% das cédulas falsas apreendidas no país são de R$ 50
e de R$ 100.
"As novas notas entrarão em circulação por meio dos bancos comerciais,
sendo que as cédulas atuais continuarão valendo e somente serão
retiradas de circulação em decorrência do desgaste natural”, informou o
BC, em nota. Na página do banco na internet, a autoridade monetária
avisa que "não há necessidade de trocar as notas antigas por novas na
rede bancária, pois as duas famílias conviverão em circulação por prazo
indeterminado”.
A necessidade de dar mais segurança às notas foi a justificativa do BC
para a criação da nova família de dinheiro de papel. "Com o avanço das
tecnologias digitais nos últimos anos, é necessário dotar as nossas
cédulas de recursos gráficos e elementos antifalsificação mais
modernos, capazes de continuar garantindo a segurança do dinheiro
brasileiro nos próximos anos”.
Para lançar as novas cédulas, a Casa da Moeda teve que investir em
equipamentos de impressão, já que as atuais cédulas são impressas em
máquinas com mais de 30 anos de uso. Segundo o BC, "os novos
equipamentos e insumos permitem a impressão de desenhos mais complexos
e com maior precisão, aumentando a percepção de uma impressão de
qualidade superior. Alguns elementos já presentes na primeira família –
como a marca d’água e o número escondido – foram redesenhados de modo a
facilitar a sua verificação pela população”.
Outra mudança está na diferença de tamanho das notas, para garantir o
uso seguro pelos deficientes visuais. Além disso, a adoção de tamanhos
diferenciados inibe a tentativa de falsificação por lavagem química,
uma técnica que consiste em apagar a impressão de uma nota de menor
valor e imprimir no papel moeda lavado a estampa de uma nota de maior
valor.
Os deficientes visuais também poderão contar com as marca táteis, que
são barras em alto-relevo localizadas no canto direito inferior das
notas.
Segundo o BC, nas notas de R$ 50 e de R$ 100, "a maior novidade é a
faixa holográfica, composta por desenhos descontínuos que, ao serem
movimentados, apresentam efeitos de alternância de cores e formas”. Os
demais elementos de segurança também são de fácil visualização: marca
d’água, que apresenta o valor da nota e a imagem do animal, e o número
escondido, que aparece quando a nota é colocada na posição horizontal,
na altura dos olhos. |