O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (19)
que o sistema para monitoramento de casos de dengue com dados
atualizados deve passar a funcionar a partir desta semana. O sistema
será abastecido semanalmente com informações de casos de dengue, e
diaramente com as mortes provocadas pela doença.
Padilha recebeu nesta quarta (19) secretários e representantes das
secretarias de saúde dos 16 estados com risco "muito alto" de epidemia
de dengue, de acordo com levantamento do ministério divulgado na semana
passada. O ministro aproveitou para apresentar o sistema aos
secretários.
"Viemos apresentar o sistema de monitoramento semanal dos casos de
dengue e diário das suspeitas de óbito por dengue, sobretudo com foco
nos municípios de mais alto risco. Eu estou inclusive revendo a
portaria que orienta o processo de notificação. Nós devemos publicar o
mais rápido possível", afirmou.
Os 16 estados considerados com risco "muito alto" são Acre, Amazonas,
Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe, Bahia, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio
de Janeiro.
Segundo ele, o sistema contará com o auxílio de uma nova ferramenta, em
fase de implantação: o site Dengue Online, que ainda não está no ar.
"Nós estamos implantando também uma nova ferramenta para auxiliar esse
monitoramento, o que não significa que a gente não possa fazer esse
monitoramento através do contato telefônico e via e-mail, que já
estamos fazendo", disse Padilha.Dinheiro
O ministro também afirmou que não irá especular sobre possíveis cortes
que a saúde pode sofrer dentro das ações que vem tomando a presidente
Dilma Rousseff.
"A presidenta e a ministra do Planejamento (Miriam Belchior) deixaram
muito claro que qualquer corte é especulação que está sendo feita, e
nós não entramos nessa bolsa de especulação", disse.
Segundo ele, as ações contra a dengue no início deste ano devem ser
garantidas por dinheiro do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde
(TFVS) dos estados, ainda referente ao ano passado.
"Tem um conjunto de recursos do teto de vigilância do ano passado que
não estava sendo executado, que é o que vai garantir as ações de
janeiro e fevereiro. Tinha cerca de R$ 200 milhões do teto de
vigilância de vários estados", explicou.
"Não vai ser por falta de recursos que nós vamos deixar de estruturar
uma rede de atenção forte para garantir o combate à dengue", declarou o
ministro, defendendo a participação de diversos setores da sociedade na
campanha contra a doença.
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