Aos mestres, solidariedade e respeito. Ao governador
Jaques Wagner, indignação e pedidos de providências. Luan Conceição, 13
anos, cursa – quando tem aula – a 8ª série do ensino fundamental no
Colégio Estadual Heitor Villa Lobos, no Cabula VI. Nesta terça (29), o
garoto que está fora da sala de aula há exatos 50 dias, considerando
apenas a greve dos professores - 62, contando com a paralisação da
Polícia Militar – aproveitou o tempo livre para escrever uma carta ao
governador. O texto a seguir foi transcrito da forma que Luan redigiu.
Logo na abertura, um pedido: "Presado governador tome um providemsia
sobre os dias que eu estol sem aula pois eu não quero virar vagabundo.
São muitos jovem e criança nas ruas e correno riscos de bala
perdidas...”(sic), traceja o estudante. Em seguida, o garoto volta a
pedir uma solução. "...vamos tomar uma providencia sobre isso que não
está certo”, assina Luan. Ele é apenas um no universo de mais de 1
milhão de estudantes que estão em regime de férias forçadas. Além
de Luan, outros alunos de diversas séries e professores também
destinaram cartas ao governador Jaques Wagner. Bruno Damasceno dos
Santos, 16, estuda na 7ª série no Colégio Estadual Zumbi dos Palmares,
em Tancredo Neves, e relata os prejuízos dos alunos. "Governador Jaques
Vagner. Todos os alunos estão no prejuízo nesse mês de maio é semana de
prova só que os professores não querem voltar ao colégio(...) querem
aumento de salário mínimo. Por favor governador faz isso pelos alunos eu
estou bem preocupado com a reposição de aula...”, desabafa. O estudante
do 2º ano do ensino médio do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, na
San Martin, Neilton Nascimento, 16, também manda o recado. Dessa vez,
aos professores. "Escrevo-lhes esta carta pedindo que por favor entrem
em um acordo com o governo (...)”. E continua: "Pensem o quanto nossos
pais estão tristes por ver seus filhos em casa sem nada pra fazer além
de assistir televisão, empinar pipa, e com a mente vazia”.
Fonte: Correio*
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