A Polícia Civil de Cascavel abriu nesta quinta-feira, 31, inquérito policial para investigar as circunstâncias do ataque de um tigre a um garoto de 11 anos no zoológico da cidade da região oeste do Paraná. O menino teve o braço direito amputado e continua internado no Hospital Universitário. O pai dele, Marcos do Carmo Rocha, de 43 anos, vai responder por lesão corporal grave.
As informações sobre a abertura do inquérito foram repassadas na manhã desta quinta-feira, 31, pelo delegado Denis Marino, que cuida do caso. "Fizemos um pedido para que seja feito exame no IML (Instituto Médico Legal), ouvimos o pai. Em seguida, vamos ouvir todas as testemunhas", disse o delegado.
Segundo ele, o pai deve responder por lesão corporal grave e outras pessoas também poderão ser responsabilizadas. "Se descobrirmos que a guarda do local viu a 'brincadeira' e não tomou atitude, estes guardas também serão responsabilizados, da mesma forma", afirmou Marino. A pena para este tipo de crime varia de dois a cinco anos de prisão.
O delegado também condenou a atitude de quem assistia e gravava a cena. "As pessoas preferiram tirar o celular do bolso e gravar o menino brincando do que fazer alguma coisa". Em depoimento, Marcos do Carmo Rocha disse que estava com outro filho, de 3 anos, quando o de 11 anos se distanciou e avançou a área proibida para brincar com os animais. Ele alegou à polícia que quando percebeu o ataque bateu no tigre para que soltasse o braço do filho.
Depois de prestar depoimento à polícia, Rocha foi liberado. Ele e o filho de 11 anos moram em São Paulo. Rocha veio a Cascavel visitar o outro filho menor, que mora com a ex-mulher. A vítima permanece internada na ala de pediatria do HU, acompanhada pelo pai, depois de passar por uma cirurgia de emergência na noite desta quarta-feira, 30. De acordo com a assessoria de imprensa do HU, o braço direito do menino precisou ser amputado na altura do ombro. A assessoria também informou que o quadro clínico do paciente é "estável".
Fonte: Estadão |