O casal
suspeito de envolvimento no esquema de fraude das indenizações da campanha
nacional do desarmamento do Ministério da Justiça está preso no Presídio
Regional de Feira de Santana, cerca de 100 km de Salvador. Eles eram considerados foragidos desde que o caso veio à tona, no fim de
novembro. O casal se apresentou na quarta-feira (11) à Polícia Federal. O
depoimento deles durou quase seis horas. Em seguida, os dois foram encaminhados
para o Presídio Regional de Feira de Santana. Os dois já estavam com prisão preventiva decretada, suspeitos de se
apropriarem indevidamente de recursos públicos, oriundos da campanha de
desarmamento. Outras quatro pessoas já haviam sido presas de forma provisória,
também acusadas de fazer parte da fraude. Uma delas, o coordenador nacional da
ONG MOVPAZ Brasil, Clóves Nunes, apontado como o principal responsável pelo
esquema. Clóves integra, desde abril de 2013, o Conselho Nacional de
Segurança Pública, representando a rede Desarma Brasil. Clóves era o
responsável pela campanha de desarmamento em Feira de Santana e em mais 27
cidades de dez estados do país. Segundo a Polícia
Federal, o grupo deu um prejuízo de R$ 1,3 milhões aos cofres da União,
desviando indenizações destinadas à entrega voluntária de armas de fogo ao
programa de desarmamento. Segundo a polícia, Clóves contava com a ajuda do
irmão, Carlos Nunes, que foi preso em Feira de Santana no dia 28 de novembro. Quatro suspeitos de envolvimento, Clóves Nunes, Carlos Nunes e outras duas
pessoas, já cumpriram o prazo de prisão temporária e vão responder ao processo
em liberdade. Um tenente e um coronel da Polícia Militar da Bahia também
estão entre os suspeitos no esquema de fraude na campanha do desarmamento. (G1
Bahia) |