Mais
um caso que trás a tona a falta de segurança em Capim Grosso, refletindo a
situação do país como um todo, foi registrada às 12h10min desta segunda-feira,
3, na Travessa Otaciano Sampaio, que fica localizada detrás da agência do Banco
do Brasil e a aproximadamente 400 metros da Delegacia de Polícia. O professor,
que por questões de segurança vamos utilizar apenas as iniciais D.P.C.A, de 28
anos, atualmente lecionando na Faculdade F.A.R.J, localizada no bairro Novo
Oeste, foi vítima da prática conhecida por "saidinha bancária”. De acordo com
informações da própria vítima, ele havia ido à agência do Banco do Brasil fazer
um saque no valor de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais) para efetuar
alguns pagamentos de ordem pessoal e quando já estava dentro do veículo foi
abordado por dois meliantes que chegaram em uma moto CG Honda 150. A vítima
contou detalhes da ação que durou menos de 40 segundos: Os meliantes se
aproximaram do veículo e disseram: "Passa o pacote”. A vítima pensando ser uma
brincadeira respondeu: "Vão procurar o que fazer”. Eles aumentaram o tom de voz
e o que estava na garupa do moto sacou uma arma e apontou em sua direção
dizendo: "Passa o pacote agora vagabundo”. O professor ficou apavorado e disse:
"Calma! Calma! eu vou entregar agora”. Para a nossa reportagem o professor deu
a seguinte declaração: "Eu sempre estaciono naquele lugar porque geralmente eu
peço a um lavador de carros muito conhecido e que trabalha na área para fazer
limpeza no veículo, mas é a primeira vez que isso me acontece em Capim Grosso.
Eu já havia sido vítima de um assalto a ônibus em 2004, mas foi em outro
estado”. Quando perguntado sobre o que sentiu no momento ele respondeu: "Cara,
eu senti medo, muito medo e paralelo a isso a sensação de impotência e
insegurança. Fiquei apavorado e quase não conseguia falar. Após observar que os
assaltantes fugiram na direção do ginásio de esportes eu tentei ligar para a
polícia, mas foi em vão, pois a chamada foi atendida em Juazeiro e me
informaram que iriam acionar a polícia naquele exato momento. Fui em duas
emissoras de rádio da cidade relatar o ocorrido achando que a polícia já estava
no encalço deles, mas para minha surpresa, meia hora depois encontrei a viatura
circulando vagarosamente por uma das avenidas principais e ao me aproximar
recebi a informação que eles ainda não tinham conhecimento do ocorrido”. O
professor ainda desabafou em tom de descontração: "Diante disso só me restou
registrar um Boletim de Ocorrência e me tornar apenas mais um nas estatísticas
do governo. Trabalhei um mês para os caras, mas o pior já passou!”.
Da redação do Grupo
JorgeQuixabeira.com, repórter Milton Santos .
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