A informalidade ainda está entre os principais problemas da economia. O trabalhador
que mantém seu empreendimento na ilegalidade fica a margem dos benefícios que a
atividade legal lhe proporciona. Esta era a realidade da cabeleireira Maria das
Neves Souza Santos, que trabalha na cidade de Campo Formoso, norte da Bahia.
Para Maria se tornar empresária não era tão
simples, mas com a Lei Complementar nº 128, em vigor desde junho de 2009, foi
criada a figura jurídica do Empreendedor Individual (EI), que barateou os
custos para os trabalhadores por conta própria legalizarem suas empresas. Foi a
oportunidade que a cabeleireira esperava.
Maria trabalhava como cabeleireira em um quarto,
dentro da sua residência. Estimulada pelo Sebrae, em maio de 2010, resolveu se
formalizar e a partir daí tudo mudou. "Me cadastrar como EI e ter meu CNPJ foi
o início de tudo. Através das consultorias do Sebrae e cursos observei que
fazia tudo errado e que estava na hora de mudar", contou entusiasmada.
Separar as contas pessoais das contas do salão foi
uma das primeiras ações da nova empreendedora individual. "Daí por diante, tudo
começou a fluir", explica. Organizar estoque, buscar parcerias com
representantes e distribuidores também ajudou a alavancar os negócios.
Frutos da organização
Formalizada e de posse de informações valiosas, a
cabeleireira buscou crédito e saiu do aluguel. Com salão moderno, aumento do
número de cliente e novas demandas, a categoria de EI já não atendia as
necessidades. Em 2012, Maria das Neves migra para a situação de microempresa e
abre a By Neves Atelie.
Com a mudança o salão ganhou novos equipamentos,
como estufas para escovas, aquecedor para ampolas, cadeiras hidráulicas e
lavatórios duplos, e a recente e mais importante conquista, a contratação de
três funcionárias com carteira assinada.
Vencendo as dificuldades
Depois das primeiras consultorias do Sebrae, Maria
das Neves não parou mais. Para ela, participar de congressos, cursos e dedicar
duas horas diárias aos estudos, à torna uma empresária mais alerta e melhora a
autoestima.
"O Sebrae me abriu portas e a mente. Depois que
conheci a entidade comecei trabalhar as minhas dificuldades. Participei de um
curso de oratória, organizado pela instituição, faço parte do Empreender
através do Núcleo de Cabeleireiras e não vou parar", garantiu Maria das Neves
que hoje assina uma coluna de tendências de moda em um jornal da cidade.
A empresária participou do Congresso do
Empreendedor em 2010, evento em que a despertou para a migração de categoria
para microempresa. Em 2011, com o apoio do Sebrae participou da Feira
Internacional Beauty Fair e este ano enviou uma colaboradora da sua empresa
para integrar uma missão do Sebrae que foi até a Hair Brasil 2012, em São
Paulo.
Para o coordenador da Regional do Sebrae em
Jacobina, Geronilson Ferreira Pereira, o mercado cada vez mais competitivo
obriga que o empresário busque o conhecimento e o Sebrae facilita nesta busca.
"O caminho para o sucesso é o conhecimento através
do investimento nas soluções do Sebrae. Para se manter no mercado
competitivo, tem que ser diferente, implantar os processos no negócio,
melhorando sempre o ambiente do trabalho, práticas gerenciais e inovação. Isso
a senhora Maria das Neves tem buscado a todo momento junto ao
Sebrae", destaca o coordenador do Sebrae.
Cursos
Neste mês de abril a Regional de Jacobina realiza três oficinas do Sebrae
Empreendedor Individual (SEI). Em Capim Grosso e Miguel Calmon a oficina
acontece dia 19; no município de Serrolândia o evento será realizado dia 25.
Mais informações e inscrições para estas oficinas e
outras capacitações basta procurar o Ponto de Atendimento em Jacobina na Rua
Senador Pedro Lago, nº 100, salas 1 e 2, centro. Telefone (74) 3621-4342.
TEXTO Tamara Leal
Agência de Notícias Sebrae Bahia
(74) 9121 - 1018 (Tim) ou 8805 - 5269 (Oi) |