O programa
Bolsa Família, uma das principais iniciativas do governo federal, desembolsou o
valor de R$ 21,1 bilhões em 2012. O montante é o maior desde que o programa foi
criado, há noves anos, e representa crescimento de 15,3% em relação aos R$ 18,3
bilhões pagos em 2011 (valores atualizados pelo IPG-DI, da Fundação Getúlio
Vargas), informa o site Contas Abertas. Percentualmente, comparadas as
evoluções anuais, é o segundo maior aumento de um exercício para o outro desde
2006. Criado em 2004, o Bolsa Família é um programa de transferência direta de
renda que beneficia, em todo País, famílias em situação de pobreza (renda
familiar per capita de R$ 70,01 a R$ 140,00) e de extrema pobreza (renda
familiar per capita de até R$ 70,00). Em 2012, segundo o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a transferência direta de renda
alcançou 13,9 milhões de famílias. Apesar do reconhecimento de especialistas
sobre a importância do programa como fonte de transferência de renda, o Bolsa
Família é alvo de críticas, especialmente sob a perspectiva de efeitos a longo
prazo. Ainda segundo o Contas Abertas, o professor da Universidade de
Cambrige e consultor da Unesco, Flávio Comim, compara o programa a um remédio
que baixa a febre, mas não cura a causa da doença. Ele disse ao jornal O Globo
que "o antibiótico contra a pobreza não é a transferência de renda, mas a educação,
a única forma capaz de transformar as pessoas. O conceito de pobreza como
insuficiência de renda é insatisfatório”. Fonte: Bahia Noticias |