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Divulgação | A greve é por tempo indeterminado e vale para bancos públicos e privados
Os sindicatos dos bancários decidiram entrar nesta quarta-feira em
greve nacional por tempo indeterminado. Em assembleias realizadas nesta
terça-feira, os sindicatos ligados à Contraf-CUT rejeitaram a proposta
de 4,29% de reajuste oferecida pelos representantes dos bancos. Eles
exigem 11% de reajuste, além de aumento na participação sobre os
lucros, entre outras reivindicações.
Segundo o coordenador do comando nacional de greve, Carlos Cordeiro,
a intenção é paralisar as atividades das agências bancárias em todo o
País. "Não temos uma previsão de quantas agências deixarão de
funcionar, mas a ideia é que a greve aumente gradativamente ao longo
dos dias”, afirmou Cordeiro.
"Os bancos tiveram um crescimento nos lucros de 32% no primeiro
semestre e só querem repassar o índice de 4,29%, da inflação acumulada
pelo INPC”, argumenta. Houve cinco rodadas de negociações com a
Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que representa todas as
instituições financeiras, incluindo o Banco do Brasil, Caixa Econômica
Federal, Bradesco, Itaú, HSBC e Santander.
Em 2009, a greve dos bancários durou 15 dias. Segundo a Contraf-CUT,
7,2 mil agências tiveram suas atividades afetadas no pico da
paralisação.
A categoria reúne 470 mil bancários em todo o Brasil ligado a 130
sindicatos. Os sindicatos da Contraf-CUT informaram que a greve foi
aprovada pelos bancários de pelo menos 24 Estados e o Distrito Federal. |