
A Bahia perdeu 2.564 postos de trabalho com carteira assinada em junho. Mas no acumulado do ano (janeiro a junho), a diferença entre vagas criadas e extintas é positiva em 24.605 postos. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (17) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) - órgão vinculado à Secretaria Estadual do Planejamento - tendo como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MT), que informou que, no mês passado, o país como um todo gerou 25.363 novos postos formais.
Este número representa uma queda de 79,5% em relação ao número de empregos formais criados em junho do ano passado, quando foram abertas 123.836 vagas. Em termos de abertura de postos no sexto mês do ano, o saldo de junho de 2014 só supera o de 1998 (18.097 vagas).
No primeiro semestre de 2014, o Brasil apresenta saldo de criação de 588.761 vagas, resultado mais baixo desde o primeiro semestre de 2009 (criação de 397.936 vagas). Ao comentar os números, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, disse que o governo reviu para baixo as previsões de abertura de novas vagas com carteira assinada neste ano. A estimativa que era de 1,5 milhão agora é de um milhão.
“O grande fato causador da diminuição no número de novas vagas foi a indústria. Em todos os setores da indústria houve decréscimo”, disse. “Mas no mês que vem já começam as contratações visando o Dia dos Pais e o fim de ano”, completou.
Na mesma entrevista, o ministro anunciou que o governo prepara um pacote de estímulos para micro, pequenas e médias empresas com o objetivo de aumentar as contratações nestes segmentos. Entre as medidas estudadas está a redução de impostos.
Na Bahia, ainda de acordo com a SEI, o saldo negativo foi puxado pela construção civil, que fechou 3.204 postos. O setor foi seguido pelo de indústria de transformação (- 877 vagas) e extrativa mineral (- 254). Já a criação de vagas foi maior na agropecuária (+ 1.162), serviços (279) e comércio (191).
Os dados da SEI apontam que, em junho, a Bahia ocupou a última posição na geração de empregos entre os estados do Nordeste e a 24ª posição entre os brasileiros. Além da Bahia, outros três estados nordestinos fecharam mais vagas que abriram em junho: Alagoas(-650), Rio Grande do Norte (-567) e Ceará (-100).
No acumulado do ano, a Bahia é a líder do Nordeste em criação de vagas. O Ceará ocupa a segunda posição e o Piauí a terceira.
Fonte: Correio