A queda de um avião militar nesta
quarta-feira (11) causou a morte de 257 pessoas na Argélia, informou o
ministério da Defesa do país. Os passageiros eram militares e familiares em sua
maioria. Não houve sobreviventes, segundo o ministério.
O acidente, que
ocorreu perto da base aérea de Boufarik, entra para a lista dos mais graves já
registrados na história. As causas ainda estão sendo investigadas.
A aeronave
modelo Ilyushin IL-76, de fabricação russa, tinha acabado de decolar da base, a
cerca de 30 km da capital Argel, com destino ao sudoeste do país.
De acordo com o ministério, morreram
todos os 10 tripulantes e 247 passageiros, na maioria membros do Exército
Nacional Popular e seus familiares.
Um fotógrafo da
AFP no local viu a fuselagem da aeronave carbonizada e enegrecida em uma área
desabitada, um campo localizado a cem metros dos muros da base aérea. As chamas
que destruíram quase todo o avião foram extintas.
O modelo IL-76 é produzido pelos
russos desde a década de 1970 e é destinado prinipalmente para transporte de
cargas e militares.
O site oficial
da fabricante diz que o modelo foi desenhado para capacidade máxima de 225
passageiros e 7 tripulantes na configuração de dois andares.
Nos trabalhos de resgate participam
mais de 300 pessoas, entre efetivos da Defesa Civil, médicos, policiais e
membros do exército argelino, que sofreu uma tragédia similar em 2014.
Naquele mesmo
ano, 77 pessoas morreram na queda de um Hércules C-130 na região montanhosa de
Oum el Bouaghi, que fica 500 quilômetros a leste de Argel.
O voo tinha como destino final
Tindouf, a 1.800 km da capital, mas faria uma escala em Bechar, que abriga uma
importante base militar, perto da fronteira fechada com o Marrocos.
Mais para o
sul, perto das fronteiras de Marrocos e Saara Ocidental, Tindouf abriga campos
de refugiados sarauís, bem como a sede do governo da República Árabe Saaraui
Democrática (RASD), proclamada em 1976 pelos separatistas da Frente Polisario.
O Polisario,
apoiado por Argel, reivindica a independência do Saara Ocidental, região que é
disputada pelo Marrocos, que ocupa a maior parte desde 1975.
De acordo com a
agência Efe, 30 cidadãos saarauís morreram no acidente. Segundo fontes, as
vítimas seriam estudantes e civis que foram à capital para realizar trâmites
médicos e burocráticos, e que costumam dispor de vagas de cortesia neste tipo
de voos militares argelinos.
Fonte: G1 |