A quarta audiência pública sobre a Linha Viva,
projeto de construção de uma via estruturante que vai passar por diversos
bairros deSalvador, foi marcada por protestos na
manhã desta segunda-feira (16), no auditório do Parque Tecnológico da Bahia, na
Avenida Paralela.
A audiência estava marcada para começar às 9h.
Pouco antes das 9h30, moradores do bairro de Saramandaia, além de outros
representantes da sociedade civil, estavam do lado de fora e reclamavam por não
terem conseguido entrar.
"Colocaram limite para 60 pessoas que se
inscreveram. Pediam inscrição com justificativa e isso não foi divulgado.
Muitos moradores de Saramandaia não têm instrução para fazer isso. Estamos aqui
desde as 7h, tinha umas 15 pessoas na fila", disse Deise Lima, moradora de
Saramandaia.
O projeto da Linha Viva foi criado na gestão do
prefeito João Henrique e a atual prefeitura deu continuidade. De acordo com o
secretário municipal de Transportes, José Carlos Aleluia, o projeto prevê a
construção de uma via expressa de quase 18 km de extensão que vai ligar o
Acesso Norte, na BR-324, à BA-524, mais conhecida como estrada Cia-Aeroporto.
A previsão é que a Linha Viva passe por bairros e
comunidades de Salvador que estão situados na linha de transmissão da Chesf,
como Saramandaia, região da Avenida Luís Eduardo Magalhães, Avenida Gal Costa,
São Cristóvão e Mussurunga.
A via terá três faixas em cada sentido e, segundo a Secretaria, a capacidade
será para suportar o tráfego de dois mil veículos, em cada faixa, por hora.
Ainda estão previstas dez conexões que vão ligar, através de alças e rampas, as
principais avenidas do entorno à Linha Viva. Além disso, haverá 20 travessias
transversais, que serão feitas através de viadutos ou quatro passagens
inferiores, que serão construídas sem ligação direta com a via expressaFonte: G1 Bahia |