
O “trecho da vergonha”, como ficou conhecido o percurso de 30 Km da BR 324 entre Capim Grosso e o distrito de Paraíso/Jacobina, continua a causar transtornos e por em risco a vida daqueles que pagam uma carga tributária altíssima, fora as taxas e todas as demais despesas para possuir um veículo, se habilitar, renovação de licenças, enfim, todos esses mecanismos que aparentemente tem como único objetivo nos lesar diariamente.
E quem transitou por essa rodovia nos últimos dias que foram chuvosos se viu em uma situação ainda mais complicada. Na última quarta-feira, 23, por exemplo, estive acompanhando um grupo de alunos do Colégio Cetep para um intercâmbio em Jacobina, e o que vimos foi um verdadeiro lamaçal onde pouco ou quase nada se conseguia ver de asfalto, com os veículos derrapando a todo o momento, a visibilidade prejudicada por conta do “chuvisco de lama” que os veículos involuntariamente lançavam uns nos outros. Enfim, tudo o que não poderia estar acontecendo.

O fato das obras de recuperação estar seguindo a passos de tartaruga não são o mais grave, e sim, a negligência e o desrespeito aos quais fomos submetidos desde o começo da deterioração da rodovia e da displicência dos nossos incompetentes gestores por permanecerem todo o tempo tentando se justificar ao invés de resolver o problema, finalidade para a qual realmente são remunerados.
Não sei se essas obras serão concluídas antes ou depois das eleições e isso agora pouco importa. Os irreversíveis danos morais e materiais já foram sofridos por milhares de pessoas e duvido muito que o governo tenha a menor intenção de nos ressarcir.
Fica aqui a indignação de quem gostaria muito de ver os cidadãos se unindo e lutando pelos seus direitos, e, através das vias judiciais, exigindo a responsabilização dos irresponsáveis pela situação uma reparação por todos esses danos à sociedade.
Da redação do jorgequixabeira
Texto/Foto: Milton Santos |