De acordo com informações da Central de Telecomunicações das
Polícias (Centel), três trabalhadores da construção civil foram
soterrados na obra do Le Parc, na Avenida Paralela, na manhã desta
quarta-feira (8). O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu)
confirma a morte de todos os soterrados, que ainda não tiveram os nomes
identificados oficialmente. Informações preliminares dão conta de que
houve um acidente com uma grua, espécie de guindaste utilizado na obra.
Ao local foram enviadas equipes da polícia técnica, para fazer a
perícia, e de bombeiros, para resgatar os corpos.
Além dos três operários que morreram, um
quarto trabalhador também teria sido vitima do acidente, segundo
informações do diretor de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores na
Indústria da Construção (Sintracom-BA), Erisvaldo Pereira. O operário
ainda estaria vivo e estaria preso sob as ferragens. A informação não é
confirmada pela polícia. Ainda não há identificação dos mortos. O Le
Parc está sendo construído pela Incorporadora Cyrella em parceria com a
Construtora Andrade Mendonça e a JG Construções
O diretor de assuntos de saúde do Sindicato dos
Trabalhadores da Construção Civil (Sinduscon), Erisvaldo Pereira, em
entrevista no local do acidente da obra do Le Parc, onde morreram dois
operários da empreiteira Tecnotrav na manhã desta quarta-feira (8),
atribuiu a tragédia à falta de segurança dos funcionários. Segundo ele,
no início do ano outro trabalhador morreu no local pelo mesmo motivo.
"A construção já tinha sido embargada antes por falta de segurança.
Falta EPI (Equipamento de Proteção Individual). Vamos acionar o
Ministério Público e a Superintendência Regional do Trabalho para fazer
o embargo da obra”, protestou. O sindicalista não sabe quando foi feita
a última vistoria no empreendimento, mas afirma que ela teria que ser
feita a cada três meses – o que não teria sido cumprido. As vítimas
caíram de uma grua do sétimo andar da segunda torre, e um ferido foi
removido dos escombros e encaminhado ao hospital. A obra possui 18
torres e emprega cerca de 6 mil trabalhadores.
Em nota enviada ao Bahia Notícias, a construtora Cyrela Andrade
Mendonça informou que os funcionários vitimados em acidente no canteiro
de obras do condomínio Le Parc são funcionários da empresa Tecnotrav. A
terceirizada, diz a nota, é especializada na montagem e desmontagem de
gruas em obras e foi contratada para atuar no empreendimento, "sendo
responsável ainda pela segurança dos operários que operam seus
equipamentos”. Mesmo isentando-se da responsabilidade, a Cyrela
assegura que os funcionários da empresa utilizavam equipamentos de
segurança necessários para a execução do serviço quando ocorreu o
acidente. A empreiteira "se solidariza com a família dos operários” e
informa que já presta apoio à empresa Tecnotrav no caso. |