Extremamente
abalada, a mãe das vítimas mortas em Ondina, Marinúbia Gomes, prestou
declarações na 7ª Delegacia, no Rio Vermelho, na tarde desta quinta-feira (17).
Pouco mais de uma hora e meia fizeram a mãe
relembrar dos últimos momentos vividos ao lado dos filhos. Na saída da
delegacia, a mãe, a tia e a namorada de Emanuel, não quiseram falar com a
imprensa.
A
delegada Jussara Souza informou que oito testemunhas já foram ouvidas a até
esta sexta-feira (8) novos depoimentos podem ser recolhidos, caso necessário. O
inquérito policial deve ficar pronto nesta sexta-feira (18), antecedendo o
prazo final no domingo (20).
"Ela
ficará presa até o término do inquérito. Com os depoimentos recolhidos, já
temos provas suficientes para finalizá-lo e encaminhá-lo à Justiça”, garante a
delegada.
Ainda de
acordo com a delegada, Kátia Vargas foi interrogada no Complexo Prisional
Feminino, na manhã desta quinta-feira (17), mas se reservou a ficar calada. Só
falará em juízo. Já o advogado da família, Daniel Keller, informou que a
população está procurando a polícia para prestar declarações. "A população
clama por justiça. E vemos que as pessoas voltaram a acreditar no poder
judiciário. Por ela estar presa, já traz um consolo para a família, que começa
a perceber que a justiça está sendo feita”.
Keller ainda deu mais detalhes sobre o
depoimento da mãe. "Foi muito difícil para ela, pois teve que relembrar do
último momento com os filhos, do último adeus. Relembrar esses momentos foi
bastante complicado. Foi até difícil para mim, no longo da minha carreira”,
emociona-se.
De acordo
com Keller, até a tarde desta quinta, o advogado de defesa da médica, Vivaldo
Amaral, ainda não teria solicitado o relaxamento da prisão. "A informação que
temos através do Tribunal de Justiça da Bahia é que não consta nenhum
instrumento jurídico movido pelo advogado para revogar a prisão preventiva
dela”.
Laudo médico Nesta
quinta-feira (16), o Ministério Público da Bahia divulgou o laudo pericial
médico da acusada. os promotores Nivaldo Aquino e Davi Gallo foram taxativos:
Kátia está completamente normal, sem problemas físicos. Aquino aponta que não
há nenhuma lesão física na médica, apenas algumas psicológicas. Dentre elas
está a intenção verbal de cometer suicídio. Apesar disso, o laudo não atesta
nenhuma deficiência psicológica que comprove algum transtorno mental que a leve
ao fato.
Na manhã
de hoje, Kátia Vargas deixou o Hospital Aliança direto para o Complexo Prisional
Feminino, na Mata Escura. Kátia será indiciada por prática de homicídio com
três vertentes qualificadores: motivo torpe, resultado de uma vingança; por
perigo comum, criado para as pessoas que transitavam pelo local; e pela notória
falta de defesa das vítimas. A pena pode ser de 24 a 60 anos, devido ao duplo
homicídio. Fonte: Bocão News |