Nesta
sexta-feira (25), completa um mês que Danielle Silva Oliveira, 23 anos,
sumiu repentinamente em Serrolândia, no centro Norte da Bahia. Durante
todo esse tempo, a família da jovem tenta encontrar resposta do que
aconteceu. Ao BNews, Djean Oliveira, pai de Dani, como é conhecida,
explicou que apenas o companheiro da jovem pode contar onde ela está e o
que, realmente, ocorreu antes de seu sumiço.
"A esperança da gente é que esteja viva, mas pelo que a gente está vendo é sinal que está morta", explicou Djean.
A
afirmação do pai é por conta das atitudes do companheiro da filha. Dani
sumiu em uma quarta-feira, mas o marido só comunicou a família do
desaparecimento dela no domingo. Além disso, quando as suspeitas
começaram a recair sobre ele, o homem desapareceu. "Ele fugiu, avisou
pra gente cinco dias depois que ela sumiu, só prendendo ele pra ver o
que diz".
Djean
contou que foi na casa do genro na segunda-feira, seis dias após Dani
sumir, e ele disse que Dani tinha deixado a filha do casal, de 4 anos,
na casa da vizinha, pegado uma bolsa, e fugido em um carro com outro
homem. A versão foi confirmada pela vizinha, com quem supostamente a
jovem teria deixado a filhas, mas, ainda segundo o pai, "antes, ela
disse que não sabia e depois confirmou a versão dele”.
O
delegado de Serrolândia, César Romero, também já trabalha com a
hipótese de feminicídio. Ao BNews, ele contou que fez busca e apreensão
na casa do casal e foi encontrado vestígios de sangue no local. "O
material foi coletado e encaminhado para o Departamento de Polícia
Técnica (DPT) de Salvador, mas tudo sugere, até a própria fuga do rapaz,
que tenha havido homicídio realmente".
"Ainda
estou concluindo o inquérito, ouvindo pessoas, estamos fazendo um
trabalho de intercepção autorizado pela Justiça pra ver se a gente
consegue obter o paradeiro do rapaz. A menina até agora nenhuma
informação, provavelmente o corpo foi escondido em algum lugar", afirmou
Romero.
O
delegado explicou que a história da fuga de Danielle com outro homem
não tem sentido e que é uma versão criada pelo companheiro dela para
usar como defesa. "Não tem nenhuma possibilidade disso ter acontecido,
não tem nenhum testemunho afirmando isso a não ser uma vizinha, que
flagrantemente está mentindo e omitindo informações. Ela prestou um
testemunho contraditório, que é contraditório, inclusive, com o
companheiro (da vítima)".
Romero
afirmou que a delegacia está trabalhando em conjunto com o serviço de
investigação da 16ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior
(Coorpin), de Jacobina, no sentido de encontrar o companheiro da jovem,
que já tem um mandado de prisão e está foragido, para poder dizer onde
está o corpo de Danielle, já que a polícia acredita em feminicídio.
Fonte: Portal Serrolandia
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