Neste domingo, a SSP publicou as informações dos números de
ocorrências com os dados apenas do domingo de Carnaval, como vem
fazendo diariamente. Mas, segundo os dados oficiais, a quantidade de
lesões corporais ocorridas em função de agressões praticadas no
circuito Dodô ( Barra-Ondina) não coincidiam com a quantidade de
pessoas lesionadas, vítimas de agressões na área do Carnaval,
atendidas no Hospital Geral do Estado (HGE).
Três ocorrências de internamento por agressão não estavam
contabilizadas, numa verificação feita apenas numa das unidades de
saúde que atende a vítimas na área do Carnaval. A delegada Kátia
Brasil, coordenadora do Cedep, disse que "pequenas diferenças” podem
ocorrer porque os boletins de ocorrência só entram para as estatísticas
oficiais após conferido por uma autoridade policial, que tipifica o
crime. Segundo ela, a diferença é corrigida quando a ocorrência entra
no sistema, no dia seguinte.
Os dados oficiais do Centro de Documentação e Estatística Policial
(Cedep) apontam redução de 16% na quantidade de ocorrências, entre
quinta-feira e as 6h do domingo, na comparação com o mesmo período da
festa no ano passado. Este ano, foram registrados 535 casos de
violência, contra 610 em 2010. A maior redução foi no número de roubos
– caindo de 63 para 47 ocorrências.
Na quinta-feira, ocorreram os casos mais graves. Na Barra, após pular
Carnaval num bloco, Murilo Maier Matos, 23 anos, dirigia-se para o
carro, estacionado próximo ao Shopping Barra, quando foi esfaqueado e
espancado por um grupo de pessoas. No mesmo dia, Cleiton Cerqueira de
Lima, 19, foi esfaqueado, no Campo Grande.
Rosa Souza dos Santos e Zenaide do Carmo foram baleadas nas pernas,
pelo soldado PM Hilberto Rodrigues, no Calabar, próximo ao percurso
Dodô. O PM alegou que a arma caiu e disparou, quando ele atendia uma
ocorrência de briga.